Todo o apoio à insurreição no Haiti! Fora Ariel Henry e não à intervenção imperialista!

Os trabalhadores e explorados do Haiti estão nas ruas do país realizando manifestações massivas, em uma nova insurreição popular, neste país que é um exemplo de resistência contra os ataques do imperialismo e da burguesia local. A maioria da população do Haiti continua sofrendo com fome, desemprego, saúde precária e más condições de trabalho, além de insegurança social e falta de investimento em educação, saúde e moradia.

Internacional - 27 de outubro de 2022

Os trabalhadores e explorados do Haiti estão nas ruas do país realizando manifestações massivas, em uma nova insurreição popular, neste país que é um exemplo de resistência contra os ataques do imperialismo e da burguesia local. A maioria da população do Haiti continua sofrendo com fome, desemprego, saúde precária e más condições de trabalho, além de insegurança social e falta de investimento em educação, saúde e moradia.

Há mais de um ano, após o assassinato do ditador Jovenel Moïse, o governo de fato é liderado por Ariel Henry, que se intitula presidente, mas é um governo ilegítimo que mantém e aprofunda o massacre contra a maioria do povo haitiano. Em outras palavras, as bases das mobilizações são objetivas e somente o aprofundamento da insurreição, em uma revolução socialista, com o poder nas mãos dos trabalhadores, pode libertar os haitianos do caos capitalista.

Manifestantes haitianos enfrentam diariamente o governo ilegítimo e suas tropas repressivas, e muitos ativistas foram mortos ou presos. Mesmo assim, as lutas não param e Ariel Henry tem cada vez menos capacidade de governar. Os combatentes já controlam territórios do país, mesmo onde estão as zonas francas, instaladas pelo imperialismo no Haiti para saquear o país, produzindo sem pagar impostos, com trabalho semi-escravo e obtendo lucros altíssimos.

Em outras palavras, há um duplo poder concreto no país neste momento, opondo-se ao poder burguês expresso na ausência de um Congresso, de um Supremo Tribunal Federal e com um presidente ilegítimo, que nunca foi eleito pelo povo, versus um poder operário , popular e camponês que se impõe nas ruas, ocupa fábricas e prédios públicos e exige a demissão imediata de todos os inimigos dos trabalhadores. Neste momento, precisamos apoiar e fortalecer esse poder embrionário dos explorados, desenvolvendo um movimento ainda mais forte para derrubar o atual governo e regime, e construir um governo dos explorados e oprimidos.

Os inimigos da grande maioria do povo são muito claros: empresários mineiros, grandes comerciantes, banqueiros e industriais. Mas, acima de tudo, estão as multinacionais e os interesses do imperialismo, especialmente dos Estados Unidos. São eles que apoiaram a ditadura de Jovenel e todos os governos que massacraram o povo nos últimos anos. E são os mesmos que apoiam o governo ilegítimo de Ariel Henry, chegando mesmo a redigir, do exterior, uma nova Constituição para o Haiti, e agora planejando uma nova intervenção militar, para sufocar o ímpeto revolucionário das massas.

Os trabalhadores e explorados do Haiti não aceitam que isso continue, e querem melhores condições de vida e retomada de sua soberania e independência nacional. Estamos juntos desse povo mobilizado, sem ilusões em nenhuma solução burguesa ou patronal. Também apoiamos incondicionalmente os imigrantes haitianos na República Dominicana e em outros países onde eles precisaram se refugiar.

Para a vitória dos lutadores haitianos, o grande obstáculo é a ausência da direção revolucionária, devido à inexistência de uma organização da classe trabalhadora com um programa anticapitalista e em defesa da revolução socialista. Não há organização de massa com esse perfil, e é urgente multiplicar as lutas pela derrubada do governo e defender a tomada do poder com base em um programa econômico, político e social revolucionário, de caráter operário, popular e camponês.

 

– Abaixo o governo de fato e ilegítimo de Ariel Henry!

– Fora todo tipo de presença e controle imperialista no Haiti! Não a qualquer nova ocupação estrangeira!

– Que o povo haitiano, livre, mobilizado e organizado, decida seu próprio destino

– Por uma Frente Socialista Revolucionária da ilha Espanhola, unificando haitianos e dominicanos.