TODO APOIO À LUTA DOS CAMINHONEIROS. GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO JÁ!

No dia 21/05, com o anúncio do aumento do preço dos combustíveis, os caminhoneiros, que são uns dos principais a serem afetados, realizaram um dia de protestos. Com bloqueios nas BRs chamaram a atenção, ganharam a simpatia popular e mostraram o caminho. Mais uma vez, é só a ação direta que pode mudar a vida.

Já são dezenas de aumentos diários de combustível, que fizeram os preços subir mais de 55% em pouco mais de um ano! Os trabalhadores autônomos possuem um caminhão arcam diretamente com os custos de manutenção e combustivel. Estima-se que, para cada R$1000,00 recebidos arquem com cerca de R$450,00, apenas com este item. A realidade é que com os sucessivos aumentos tem se tornado inviavel prestar trabalhar por conta própria. Os demais caminhoneiros, assalariados, também sofrem com assaltos, estradas precárias, jornadas exaustivas e custos cada vez maiores. Quando o dono do transportadora tem que pagar mais pelo diesel, é do salário e das condições de trabalho do motorista que ele reduz custos.

Os trabalhadores cansaram de ser roubados e adotaram a única medida capaz de mudar alguma coisa: a luta, cuja principal arma segue sendo a GREVE! Imediatamente às primeiras manifestações e protestos, o sindicato da categoria deu declarações à imprensa dizendo que a orientação era para que os caminhoneiros ficassem em casa. Queriam apenas negociar pela cúpula. Mas a base está radicalizada e não aceitou ficar passiva.

Com o passar das horas, os bloqueios aumentaram, e a força do protesto já faz faltar gasolina nos postos, combustível para aviões e produtos em supermercados e empresas. Alguma cidades já têm ônibus com horários reduzidos. E a circulação de alimentos ja esta comprometida. O quilo da batata, por exemplo, subiu mais de 30%. E a crise vai aumentar muito mais.

Devemos apoiar incondicionalmente a greve dos caminhoneiros. Mais que isso, é necessário fazer um chamado a um GREVE GERAL e parar o país!

O preço da gasolina pode ser o estopim de uma revolta generalizada. Mas, para isso, é necessário que as direções do movimento, em especial as centrais sindicais, chamem a Greve Geral. Infelizmente, a maioria do movimento sindical só pensa nas eleições de outubro, em como soltar seus corruptos de estimação e em recuperar a cobrança do imposto sindical. Mas é possível, pela base, impor a mobilização geral. Neste exato momento, portuários de Santos, parte dos petroleiros e outros trabalhadores vêm se somando às paralisações. Recentemente os mesmos caminhoneiros protestaram contra Dilma e seu governo de ataques contra o povo. E foram denunciados de golpistas pelas principais centrais como a CUT por exemplo. Mais uma prova de que o que levou o governo petista a cair foi o fato de que governava pra os ricos, e não dialogava com as demandas dos trabalhadores. Temer assumiu para continuar o que Dilma não conseguiu fazer e não é diferente: liberou os preços dos combustíveis e agora está colhendo o que plantou.

É necessário ampliar os protestos até que Temer, Meireles e todos os ministros deste governo sejam colocados pra fora. Queremos a imediata redução do preço dos combustíveis, a estatização das empresas aéreas, ferroviárias e rodoviárias de transporte e o passe livre para todos. Porque a livre circulação de pessoas e mercadorias é uma necessidade fundamental para o país.

PETROBRAS apresenta proposta de redução de 10% no preço por 15 dias

Um dia após iniciarem os protestos, Temer foi obrigado a reunir-se com ministros e ceder. A greve começou a fazer pressão e a conquistar. No início, zeraram a CIDE (imposto sobre combustíveis), depois passaram a tramitar a redução de PIS/Cofins, e, por fim, a PETROBRAS anunciou a redução de 10% do preço do diesel nas refinarias. Isso se dará por 15 dias. Mas nada disso está parando o movimento, que, ao contrário, só se fortalece.

Ainda que as medidas anunciadas até agora sejam pífias e concentradas no preço do diesel, elas demonstram que a greve gerou impacto. O apoio e a simpatia que amplos setores da classe trabalhadora deram aos protestos faz com que o governo tenha ficado contra a parede.

A classe trabalhadora do Brasil precisa tomar o exemplo dos caminhoneiros e parar o país. É simbólico que a greve ocorra justamente em um momento em que todos sabemos que a Petrobras foi saqueada.

Mesmo com a prisão de alguns que dilapidaram a Petrobras e o Brasil, como Lula, Euardo Cunha, Cabral e, agora, também Eduardo Azeredo (PSDB), sabemos que ainda falta muita gente ser presa e devolver dinheiro à estatal e aos cofres públicos.

Defendemos cadeia a todos os corruptos e corruptores. E o preço do combustivel é a prova que mesmo com todas as limitadas medidas da Lava Jato quem segue pagando a conta é o povo trabalhador.