Sindicatos rejeitam proposta do TST e apontam para greve dia 19 de Setembro

O momento é decisivo. Essa campanha salarial é o que pode através da manutenção de algumas conquistas garantir que não se aplique a reforma trabalhista sobre os trabalhadores dos Correios. E o mais importante, Temer já declarou que depois da Eletrobrás, pretende privatizar os Correios.

Nacional | Sindical - 6 de setembro de 2017

O governo Temer desde o início da campanha salarial dos Correios orientou os seus indicados dentro da empresa a atrasarem ao máximo as negociações em uma tentativa de tentar conter a greve da categoria. Com parte da discussão que deveria ser feita na mesa de negociação, sobre o plano de saúde dos trabalhadores foi levada ao TST. Em audiência com as federações que representam os trabalhadores e trabalhadoras de Correios no dia 22/08/17 o ministro do TST fez uma proposta de impor cobranças que hoje não existem no plano de saúde da categoria e ainda por cima indicava que para tal “acordo” os trabalhadores e trabalhadoras deveriam adiar a campanha salarial para o ano que vem, depois da implantação total da reforma trabalhista.

Com isso, e depois de alguma vacilação de alguns setores como o PCdoB e PT que primeiro se calaram sobre a proposta e depois que claramente todo e toda trabalhadora de base haviam rechaçado nas unidades de trabalho, vieram se posicionar contrários à proposta.

No dia de 05/09/17, a representação das duas federações voltaram ao TST, e declararam ao ministro do tribunal que a proposta havia sido rejeitada. Com isso o TST diz que só resta aguardar a negociação entre as partes.

E é justamente a negociação que a categoria espera. A data base foi em 1º de Agosto e até agora sequer uma rodada de negociações aconteceu.

Preparar uma forte greve de Correios até que Temer, Guilherme Campos e os ataques caiam!

O momento é decisivo. Essa campanha salarial é o que pode através da manutenção de algumas conquistas garantir que não se aplique a reforma trabalhista sobre os trabalhadores dos Correios. E o mais importante, Temer já declarou que depois da Eletrobrás, pretende privatizar os Correios. Será mais um patrimônio do povo que será entregue à iniciativa privada, precarizando os direitos dos trabalhadores e prejudicando a população que perderá o caráter social da ECT.

Não temos dúvida de que é possível derrotar Temer, por pra fora Guilherme Campos e avançar nas conquistas. Mas para isso é preciso desde já construir uma forte greve da categoria de correios.

Veja abaixo o informe do representante do Sintect RS no comando nacional de negociações, Marcio Santos Alves (integrante do Luta Pela Base e militante do MRS):

Informe do representante do Sintect RS no comando nacional de negociações

No dia de hoje alguns representantes (comissão com 4 membros do comando da Fentect) estiveram em reunião no TST, para discutir acerca do resultado das assembleias que avaliaram a proposta do TST, que impunha cobranças no plano de saúde, além de colocar as negociações para o ano que vem.

Foi passado pelos representantes que a proposta foi rejeitada nas bases, por entender o quanto é prejudicial tanto as cobranças, como adiar a campanha salarial para o ano que vem. A reunião encerrou-se em torno das 17:30, tendo o ministro do TST se pronunciado, diante da recusa das assembleias, estar no aguardo da negociação entre ECT e o comando. O cnnm se reunira para elaborar o informe, e deverá dar maiores detalhes da reunião pois como dito apenas 4 participaram e até o momento deste informe o comando ainda não estava reunido, o que deverá ocorrer em seguida.

No dia de ontem se realizou o CONSIN, que o secretário geral do SINTECT RS esteve presente e poderá dar informe na assembléia. Mas do CONSIN saiu o indicativo de manter calendário que aponta a greve para o dia 19 de Setembro.

A direção da ECT apontou a data do dia 12 de setembro para iniciar as negociações. Ressalto que de nossa parte as negociações já deveriam ter começado, e foram canceladas de forma unilateral por parte da direção dos Correios.

Está bem claro que querem se utilizar do TST para jogar a negociação para depois da reforma trabalhista estar vigorando, o que só nos prejudicaria.

O governo Temer está usando a mesma artimanha utilizada no governo anterior, de Dilma. Quer que, com o TST nos intimidemos e não saíamos para a luta. Aqui no comando, e para que consigamos de fato negociar com a ECT não temos dúvidas de que, somente com mais mobilização pela base é que será possível. Sigamos firmes e vamos a greve até que os ataques, Guilherme Campos e Temer caiam.

Até a vitória!

Marcio Santos Alves – CNNM pelo SINTECT RS