Sindicatos rejeitam proposta de acabar com o plano de saúde enquanto PC do B e PT tentam desmontar a greve. Unir forças para ter GREVE NACIONAL UNIFICADA.

Como forma de criar obstáculos à campanha salarial dos trabalhadores e trabalhadoras em Correios, a direção da ECT a mando de Michel Temer se utiliza do TST, a mesma ferramenta que Dilma utilizou para acabar com os direitos dos trabalhadores e levar os Correios para a privatização.

A proposta apresentada de adiar a campanha salarial para Janeiro do ano de 2018 além de implantar um duro ataque ao plano de saúde é uma sinalização de que Temer quer impôr a reforma trabalhista no próximo acordo coletivo da categoria. O presidente deu declarações de que depois de privatizar a Eletrobras o próximo alvo são os Correios, através da imposição de cobranças no plano de saúde, absurdas para a realidade de um trabalhador da ECT.

Alguns sindicatos como o do RS e Espirito Santo já rejeitaram a proposta e mais alguns deverão fazer nos próximos dias. Porém uma dúvida e pergunta começa a ser feita entre os trabalhadores. Se os dirigentes do PCdoB e PT vão mais uma vez fazer o jogo do TST e  de Temer, como fizeram durante os últimos anos do governo de Dilma, que foi de não sair em greve contra os ataques? Inclusive não esqueceremos, que enquanto parte dos sindicatos faziam greve contra as mudanças no plano de saúde durante o governo do PT, estes setores o que fizeram? Trairam as greves e através de golpes nas assembléias de base não sairam para a luta.

A federação nacional ligada ao PCdoB, Findect, já jogou a assembléia para avaliação da proposta para o dia 31 de Agosto. Segundo informe oficial dizem que querem fazer uma avaliação da proposta diante da atual conjuntura. Como é vergonhoso dizer que aceitam de prontidão, tentarão construir o discurso mentiroso de que são realistas e que tentarão buscar “melhorar” a proposta até Dezembro. Ou seja, estão loucos para aceitar o que o tribunal a mando de Temer propôs.

Por outro lado espanta o informe da Fentect/CUT que não menciona sequer a data da greve, ainda que se coloque contra a proposta. Como das outras vezes parece que as correntes do PT dentro da Fentect/CUT querem se esconder atrás de mais uma traição do PCdoB em SP e RJ. Não constroem a greve pela base e depois dizem que não se tem força para construir a greve, e com essa desculpa desmontam a luta nos sindicatos que estão a frente, como em Brasília, uma das principais bases do país.

Esta campanha salarial está nas mãos da base da categoria, que é o de lotar as assembléias e impor a greve pela base contra a burocracia sindical que quer mais uma vez vender nossos direitos. Em especial dos trabalhadores e trabalhadoras do RJ, SP e Brasília, que devem pela base tomar os rumos da luta. Alguns sindicatos estão orientando a rejeição da proposta e manutenção do calendário com greve dia 19 de setembro. Achamos que esse é o caminho para derrotar Temer e seus ataques.

Trabalhador dos Correios que não quer ver seus direitos irem para o ralo deve tomar parte da luta e desde já construir uma forte greve nacional unificada.