Relato de um dia histórico 24/05/2017

O dia 24/05/2017 ficará marcado na História do país. Cerca de 150 mil manifestantes foram à Brasília para um ato para derrubar Temer e suas reformas que retiram direitos.

Movimentos | Nacional - 30 de maio de 2017

O dia 24/05/2017 ficará marcado na História do país. Cerca de 150 mil manifestantes foram à Brasília para um ato para derrubar Temer e suas reformas que retiram direitos. Depois de muito tempo se negando a mobilizar suas bases, e sustentado os ataques de Lula, Dilma e Temer, contra quem ainda não tinham chamado nenhum movimento mais forte, até a Greve Geral de 28/4, as centrais sindicais foram obrigadas a convocar a marcha sobre Brasília.

O governo Temer, em resposta, montou um aparato de guerra para defender-se, dispondo de tropa de choque, cavalaria, bombas e até mesmo tiros de arma de fogo em direção aos trabalhadores. Seguindo o que Dilma fez durante as manifestações do levante popular e estudantil de 2013, e repetiu na Copa de 2014, Temer chamou o exército para as ruas, uma medida de inspiração ditatorial.


Mas houve aqueles que ousaram enfrentar a repressão e a violência da polícia de Temer. Foi uma verdadeira batalha, onde a classe trabalhadora, estudantes e movimentos sociais resistiram e contra-atacaram o governo e seus cães de guarda, mostrando que, se depender da mobilização popular, este governo cai. Mostramos que temos força pra isso! Apesar de todas as traições e análises derrotistas, predominantes até poucas semanas em quase todas as correntes políticas.


A CUT/PT e a CTB/PC do B mostraram, mais uma vez, qual o caminho que querem seguir: a de usar este processo para alavancar Lula em 2018. Mesmo quando têm que ir além de seus planos, os partidos de direita que dizem ser de esquerda só pensam em cargos. Enquanto manisfestantes resistiam e organizam a auto defesa contra a repressão, as direções burguesas das centrais pro patrão ficaram nos bastidores, a centenas de metros do enfrentamento. Pior: a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B – AM) e o deputado Vicentinho (PT – SP), em suas falas, colocaram os manifestantes como vândalos e baderneiros, “que não representavam o movimento”.


Ora! Não eram estes que, logo que o processo de impeachment se consolidou, afirmaram que sairiam à guerra para derrubar Temer? Mentira! Desde o início, estes oportunistas usam este processo em prol da candidatura de um burguês e ladrão chamado Lula.


A classe trabalhadora precisa compreender isso e romper com estes setores, em definitivo, para que avancemos na luta e possamos combater os governos burgueses de fato. 
A partir de agora, e mais urgente que nunca, devemos impulsionar a greve geral por tempo indeterminado (ou 48 h, como tática provisória até este objetivo), para derrotar os ataques do governo e derrubá-lo. Diante destas condições e imposições a que estamos submetidos, esta é a nossa única alternativa. A saída que nos levará a vitória!

FORA TEMER! FORA TODOS!

CONTRA A REFORMA DA PREVIÊNCIA!
CONTRA A REFORMA TRABALHISTA!

GREVE GERAL DE 48 HORAS JÁ!