O camarada Hugo Cedeño da República Dominicana se junta ao MRS

O Movimento Socialista Revolucionário agora está ativo na América Central, mais especificamente na República Dominicana, um importante país caribenho, que divide a ilha de Hispaniola com o Haiti, outro país muito importante e atualmente em forte luta.

Internacional - 12 de março de 2021

O Movimento Socialista Revolucionário agora está ativo na América Central, mais especificamente na República Dominicana, um importante país caribenho, que divide a ilha de Hispaniola com o Haiti, outro país muito importante e atualmente em forte luta.

Agora, o camarada Hugo Cedeño representa nossa organização no país. Hugo é professor, em sua juventude atuou em organizações de estudantes secundaristas e universitários. Como professor da universidade federal, foi por diversas vezes dirigente da associação dos professores da Faculdade de Economia e posteriormente da Federação dos Professores Universitários (FAPROUAS) da qual se tornou seu presidente em 2007-2009.

Após 20 anos de militância em organizações centristas em seu país, aderiu conscientemente ao moreno-trotskismo em 1986. Em 2013, junto com o POS do México e o FSP dos Estados Unidos, fundaram o CRIR. Quando surgiu o CRIR, ele atuava no Núcleo para a Construção de um Partido Operário Internacionalista -NUPORI-, que dissolveu-se alguns anos depois, devido às divergências entre seus principais dirigentes em relação ao balanço político sobre o apoio eleitoral aos candidatos de um partido burguês. Nesse contexto, o NUPORI paralisou sua atuação no CRIR.

Hugo nunca parou de lutar, acompanhando a luta de classes e contribuindo para o desenvolvimento da ação política em seu país e no mundo. É um quadro político importante, experiente e com um histórico moral inabalável. Ingressou agora no MRS, que ingressou no CRIR, para onde regressa sem ter deixado de atuar juntos.

A entrada de Hugo Cedeño no MRS abre a possibilidade na República Dominicana e no resto do Caribe de trabalhar pela construção de um partido operário nacional e internacional sob a bandeira do marxismo revolucionário ortodoxo. Isso faz parte da luta pelo fortalecimento também do CRIR, o mais importante e promissor instrumento de aproximação internacional das organizações revolucionárias em nosso continente. Hugo Cedeño mostra que nunca é tarde e que a necessidade de uma revolução socialista é mais urgente do que nunca.

Lute contra o vendaval oportunista e o ceticismo

As revoluções não são impossíveis nem são coisas do passado. Ao contrário. Todos os anos, vemos processos insurrecionais, levantes e revoluções em massa em todo o mundo. Chile e Equador são exemplos recentes e próximos de nós. Uma revolução popular e proletária ainda está em andamento com uma forte participação das mulheres no Curdistão. E há greves gerais, derrubada de presidentes pelas massas e mobilizações de milhões nas ruas, como nos Estados Unidos, com Black Lives Matter.

Existem vitórias e derrotas, processos revolucionários derrotados, abortados e desviados dentro do regime burguês. Mas a falta de triunfos históricos com revoluções socialistas vitoriosas não se deve à falta de vontade e de luta das massas. O que mais falta são lideranças revolucionárias.

Hoje, a maioria das organizações que se dizem de esquerda ou mesmo socialistas ou revolucionárias são, na verdade, grupos oportunistas, eleitores, traidores ou diletantes, que se reduzem a atuar na internet e às declarações acadêmicas. Praticamente, não há partidos de ação revolucionária consistentes com um programa e prática revolucionários. Como disse Trotsky, “as condições objetivas da revolução socialista não estão apenas maduras, estão começando a apodrecer” e “a crise histórica da humanidade é a crise da direção revolucionária”.

As massas são heróicas, lutam, são perseguidas, reprimidas, presas e mortas. Frequentemente, elas conseguem derrubar governos e regimes inteiros, sacudindo um país e, às vezes, vários deles em sequência, como na gloriosa Primavera Árabe. Mas, sem uma direção revolucionária, o que se segue são golpes militares, ditaduras ou governos populistas ou frente-populistas, que desmancham as lutas e reconstroem todo o aparato burguês.

Precisamos lutar contra as organizações reformistas, centristas e outras lideranças contra-revolucionárias, pois fazem parte do aparato de atacar as massas e destruir a luta contra o capitalismo e pela emancipação da classe trabalhadora. E temos também de combater o ceticismo, aquela ideia de que nada vai dar certo e de que não há esperança, típica do pensamento pequeno-burguês que se espalha pela esquerda cada vez mais acomodada socialmente.

Hong Kong, Mianmar, Oriente Médio, Curdistão, Estados Unidos, Chile, Haiti e dezenas de outros lugares veem milhões tomando as ruas, muitas vezes em barricadas ou com armas nas mãos, lutando sem parar, e, enquanto o capitalismo existir, as lutas não vão parar. Vivemos uma época, uma etapa e uma situação revolucionárias! É preciso construir e fortalecer as ferramentas para isso: os partidos revolucionários!

Venha fazer parte do esforço para construir direções revolucionárias

Nós convidamos os revolucionários brasileiros e dominicanos que desejam contribuir para a construção de uma ferramenta de luta revolucionária para ingressar no MRS! Nosso partido não oferece vantagens nem cargos, mas é formado por mulheres e homens que lutam diariamente contra a exploração capitalista, o machismo, o racismo, a LGBT+fobia, a xenofobia e toda a miséria do Estado burguês.

Acreditamos na construção de lutas a partir de baixo, em cada fábrica, empresa, bairro e local de estudo, de forma democrática e combativa. Sabemos que os milhões de explorados querem mudar e já lutam, e o que falta é uma sólida organização comunista, revolucionária, internacionalista e democraticamente centralizada que lute pela tomada do poder e pela revolução da classe trabalhadora.

Em sua entrada no MRS, Hugo Cedeño afirmou: “Em épocas de fartura, a burguesia pode ceder em algumas das exigências do movimento de massas, mas faz tempo que a gravidade da crise capitalista é tanta, que pequenas demandas se convertem em insurreições contra governos y regimes burgueses. A burguesia nacional y mundial nada tem a oferecer à classe trabalhadora. É o contrário: seu plano é retirar o pouco que tem. Esta é a razão de tantas lutas. Algumas conseguem triunfar e outras não. As que têm êxitos não se consolidam nem se estabilizam. A burguesia tira cartas da manga para desviar as conquistas alcançadas pelas mobilizações e, desde o primeiro momento em que as massas voltam às suas casas, busca acordos com a burocracia traidora e a classe média para voltar atrás destas conquistas. Ou seja, os principais responsáveis são estas direções que se apropriam do ascenso para conduzir as lutas o terreno dos inimigos do proletariado. Por isso, devemos ser os campeões no enfrentamento permanente a tão nefastas direções.

Existem muitos lutadores ao redor do mundo com a mesma convicção e disposição! Mas a maioria está dispersa, cansada ou enganada por organizações oportunistas. Precisamos mudar isso e unificar os revolucionários.

O CRIR é uma parte importante desse processo e o MRS, como partido brasileiro (e agora dominicano), juntou-se a esse esforço e colocou nossa estrutura, nossos esforços e nossas vidas à disposição dos combatentes, para desenvolver este embrião de liderança revolucionária. ‘