O Brasil parou! Greve Geral de 28/4 mostra o caminho!

O Brasil assistiu à sua maior greve geral de todos os tempos! 100 anos após a Greve Geral de 1917, que marcou o início do protagonismo proletário na luta de classes brasileira, e 28 anos após a Greve Geral de 1989, a última grande greve que parou o Brasil, os trabalhadores realizaram uma demonstração impressionante de força no dia 28/4. Nas capitais e principais cidades do Brasil, transportes, bancos, escolas, fábricas, serviços públicos e dezenas de outras atividades foram paralisadas.

Movimentos | Nacional - 6 de maio de 2017

O Brasil parou! Greve Geral de 28/4 mostra o caminho! A hora é de ocupar Brasília e parar novamente, por 48h!

Contra as reformas da Previdência e Trabalhista e a Terceirização;

Por emprego e nenhum direito a menos;

Fora Temer! Fora todos!

As eleições não mudam nada! Por comitês populares e uma saída revolucionária!

 

O Brasil assistiu à sua maior greve geral de todos os tempos! 100 anos após a Greve Geral de 1917, que marcou o início do protagonismo proletário na luta de classes brasileira, e 28 anos após a Greve Geral de 1989, a última grande greve que parou o Brasil, os trabalhadores realizaram uma demonstração impressionante de força no dia 28/4. Nas capitais e principais cidades do Brasil, transportes, bancos, escolas, fábricas, serviços públicos e dezenas de outras atividades foram paralisadas. A isso, se somaram atos imensos, ocorridos na maioria das capitais.

Mesmo em cidades onde os atos foram menores, como em SP, isso se deveu ao sucesso da greve, que impediu o deslocamento da população, até mesmo para poder chegar ao centro da cidade, local das marchas. No que mais importa, porém, que é a paralisação da produção, a greve em SP foi um sucesso, com um clima de “feriado” na maior cidade do Brasil, como a própria imprensa burguesa teve que reconhecer. No país todo, foi assim, com milhões de trabalhadores paralisados e bilhões em prejuízo à burguesia. Na maioria das cidades, ainda houve manifestações de rua gigantescas.

Em Natal, Porto Alegre, Belém e inúmeras outras cidades, centenas de milhares de manifestantes saíram às ruas, e colocaram o governo Temer na defensiva, encurralado diante de uma crise econômica sem precedentes, da rejeição popular massiva ao seu governo e de manifestações de multidões exigindo o fim de seus ataques e do seu mandato.

Unidade de ação nas ruas para derrubar Temer

Assim como a imensa maioria de trabalhadores não suportava o governo Dilma e defendia que ele caísse, sendo milhões os que saíram às ruas para isso, é preciso derrubar Temer, o vice de Dilma, que atacou os trabalhadores junto da ex-presidente por mais de 5 anos e agora segue o trabalho no lugar dela. Na época da derrubada de Dilma, PSDB, PMDB, grande imprensa e o Congresso estavam contra sua saída. Diante do ódio popular ao governo e de milhões de manifestantes nas ruas, os demais partidos burgueses foram mudando de posição, até aderir ao impeachment, como forma de retirar Dilma sem que o povo pudesse derrubar ela e todos eles juntos.

Naquele momento, foi um acerto imenso participar das manifestações pelo Fora Dilma, governo de direita e neoliberal, que não fez outra coisa senão massacrar a população mais pobre. Jamais se construiu programa comum com os setores de direita que tiveram que aderir aos protestos, mas se fez unidade de ação com todos os que mobilizavam pela derrubada daquele governo burguês, inimigo dos trabalhadores. Ao contrário, foi um crime a omissão diante daqueles atos de massa, e ainda pior foi o papel daqueles que estiveram juntos contra o impeachment ou por manifestações em defesa do mandato de Dilma.

Hoje, felizmente, todos entendem que é necessário atuar em unidade de ação para derrubar Temer! Dilma e Temer, PT e PMDB; são qualitativamente iguais e representam o mesmo projeto de classe. A diferença é que, ao invés de grupos oportunistas ligados ao PSDB presentes nos atos, tentando se apropriar da derrubada de Dilma, que sequer defendiam; agora há grupos oportunistas ligados ao PT e PCdoB presentes nos atos, tentando se apropriar da derrubada de Temer, que sequer defendiam.

A unidade de ação obtida agora foi o que explicou a Greve Geral histórica de 28/4 e a possibilidade de que o Fora Temer possa não apenas acontecer de fato, como ter um conteúdo mais classista e conforme os interesses da classe trabalhadora, revertendo a omissão ou capitulação da esquerda diante do Fora Dilma, e passando a disputar a direção do movimento de massas.

A Greve como método, o poder dos trabalhadores como estratégia.

A s greves, segundo o revolucionário russo Lênin, são a escola do comunismo. Por trás desta frase, está a lição de que, durante uma greve, a produção, a propriedade, as relações de exploração do trabalho e todas as instituições políticas são questionadas. Quando cruza os braços, o trabalhador interrompe a produção de riquezas e demonstra que são os homens e as mulheres assalariados os que produzem na sociedade. Ao definir que não haverá produção, colocam em xeque a propriedade capitalista dos meios de produção e dão um golpe forte na exploração, interrompendo a extração da mais-valia. Além do prejuízo aos patrões e da exibição de força coletiva, a greve deixa claro que a lei, a polícia, a imprensa e os parlamentares e governos são inimigos dos trabalhadores e do seu direito de se organizar.

Ao contrário, ao construir piquetes, comitês de base, atos públicos, setores de comunicação da greve, autodefesa, etc., os trabalhadores ensaiam o exercício do poder. Mostram que aqueles que geram a riqueza também podem administrá-la e gerir a si mesmos, por meio de suas organizações e do seu Estado.

Além de toda a importância política e econômica estratégicas, a greve geral é o mais poderoso instrumento de luta imediata. Uma Greve geral contagia o país, anima os explorados e enfraquece o governo e suas medidas, provando que os ataques podem ser derrotados e que, junta, a classe trabalhadora é mais forte do que qualquer repressão.

As eleições não mudam nada! Por Comitês Populares!

Diante da possibilidade de Temer ser cassado pelo TSE ou derrubado pelas manifestações, e da aproximação das eleições presidenciais de 21018, alguns partidos e correntes políticas já iniciam o debate sobre seus candidatos. Não é um debate que a classe trabalhadora esteja envolvida, pois o que predomina é um amplo repúdio popular a todos os partidos.

A sensação de “Fora Todos” tem produzido um recorde votos nulos brancos e abstenções há muitos anos, e sempre aumentando. Na vida real, os explorados não confiam nos políticos, não importa o partido. As planilhas da Odebrecht revelam que do PSOL ao DEM, passando por PT, PMDB, PSDB, PCdoB, etc.; todos receberam dinheiro da corrupção. As eleições não mudam nada e a maioria da população já percebe isso.

Mas este sentimento, extremamente progressivo de repúdio ao sistema e à enganação das eleições burguesas, é contestado pelos partidos oportunistas, que tentam convencer a massa de que as coisas podem ser diferentes, se “votarem certo”. Uma mentira, já que não há alternativas! Uns defendem Lula, outros ainda defendem uma “Frente de Esquerda” eleitoral… Todas saídas por dentro do regime, onde se trocam os nomes, mas tudo segue sempre igual.

A saída não é esta! É a das lutas, das greves e das ocupações. Os trabalhadores precisam de ações diretas e da organização desde a base, nos bairros, escolas, fábricas e locais de trabalho. Temos que nos organizar em comitês populares, em que sejam decididos os impostos, os investimentos, as leis e o governo da sociedade, e que não haja mais exploração, nem desemprego, nem miséria; com os 99% que produzem sendo os mesmos que vão decidir onde é aplicada a riqueza que hoje nos é tomada.

 

–Fora Temer! Fora Todos!

–Comitês Populares Contra as Reformas, por emprego, saúde, educação e moradia!;

– Ocupar Brasília, o Congresso e os Palácios contra a retirada de direitos!;

– Assembleias de base para votar uma nova Greve Geral, de 48h, em todas as categorias e locais de trabalho;

– Contra o machismo, o racismo e a LGBTfobia!

– Que os ricos paguem pela crise! Estatização das empresas privatizadas e de todo o sistema financeiro.

– Não pagamento da dívida pública!

– Pela revolução socialista!