Mais mortos por Covid-19 em 3 meses que todas as mortes violentas de 2019.

Neste dia 12 de junho de 20202, festejado por alguns comoo “Dia dos Namorados”, cada vez mais as flores que muitas famílias compram são as flores para as sepulturas dos seus mortos. O Brasil registrou hoje mais 843 mortes em decorrência da Covid-19 e agora totaliza 41.901 óbitos.

Nacional - 13 de junho de 2020

Neste dia 12 de junho de 2020, festejado por alguns comoo “Dia dos Namorados”, cada vez mais as flores que muitas famílias compram são as flores para as sepulturas dos seus mortos. O Brasil registrou hoje mais 843 mortes em decorrência da Covid-19 e agora totaliza 41.901 óbitos.

Nesta velocidade, chegaremos a 60 mil mortos pelo novo coronavírus até o final de junho e podemos chegar a mais de 100 mil mortos antes do final do ano. É uma tragédia que poderia ter sido evitada e que é responsabilidade do governo Bolsonaro, dos governadores e prefeitos e dos capitalistas do país, pois, todos juntos, foram responsáveis por retirar dinheiro da saúde em todos os últimos anos e, diante da pandemia, mantiveram a economia funcionando e adotaram uma quarentena de araque.

Bolsonaro sempre menosprezou a vida da população e tratou esta calamidade como uma gripe comum. Os governadores e prefeitos, na sua maioria, defenderam a quarentena e se enfrentaram com Bolsonaro. Mas foi puro jogo de cena. Na vida real, nunca implantaram uma quarentena séria, e no auge das mortes e contaminações estão abrindo o que ainda estava fechado. É um genocídio feito por políticos de todos os partidos e pela burguesia do país.

A Covid-19 não é uma gripe a mais. Em 2019, cerca de 1200 brasileiros morreram de gripes, incluindo a H1N1 e todas demais variações. Em 1 ano inteiro. Os números mostram o quão ridículos são os argumentos de quem chegou ao ponto de comparar a atual pandemia às demais epidemias que vivemos. Até mesmo a terrível gripe espanhola, al longo de 2 anos inteiros, não matou tanta gente. Foram 35 mil mortos no Brasil entre 1919 e 1920.

Pois agora as mortes por Covid-19 superaram até mesmo o total de mortes violentas no ano todo de 2019. No ano passado, 41.635 brasileiros morreram vítimas de homicídios dolosos (incluindo feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. As mortes por Covid-19, em apenas 3 meses, já são 41.901!

Brasil ultrapassa o Reino Unido em mortes, e é o 2º pior caso no mundo, apenas atrás dos EUA

A média de mortos no Brasil, em junho, é de mais de 1000 mortos por dia! É o país em que mais pessoas estão morrendo, há mais de 3 semanas. O resultado desta escalada terrível é que o Brasil foi ultrapassando um a um todos os países em que o número de mortos parecia inalcançável: Espanha, França, Itália e, agora, Reino Unido. Bolsonaro e os governadores de todos os partidos são culpados por esta avalanche de mortos.

O Brasil tem hoje 829.902 casos confirmados e 41.901 mortos, superando o Reino Unido, que registra 41.481 mortes por Covid-19. No Reino Unido, a postura criminosa do primeiro-ministro Boris Johnson, um dos negacionistas da gravidade da pandemia, levou o caos ao sistema de saúde britânico. Antes, o mesmo ocorreu na Itália. E depois ainda ocorreria nos EUA e no México, com os também criminosos e negacionistas Trump e Lopez Obrador.

Mas ninguém conseguiu ir tão longe quanto Bolsonaro. Ao contrário de todos estes outros negacionistas, que mudaram seus discursos e parte de suas ações depois que a matança já enchia os cemitérios de seus países, o presidente brasileiro segue defendendo que a população seja exposta ao vírus e que morram todos que tiverem que morrer.

A conclusão é óbvia: a única maneira de interromper o crescimento das mortes é derrubar Bolsonaro! O Movimento Revolucionário Socialista convoca todos os trabalhadores e a juventude a sairmos às ruas para lutar! Neste domingo, 14 de junho, as ruas do país inteiro precisam dizer Fora Bolsonaro e Mourão! Fora o Congresso corrupto! Fora os governadores corruptos e assassinos em massa. Fora Todos!

Somente os trabalhadores podem exigir e impor um plano de recuperação econômica no país e defesa das vidas da população. É preciso lutar pela estabilidade no emprego, reversão das demissões, reduções de salários e retiradas de direito. E garantir a redução de jornada para poder haver emprego a todos, expropriar as empresas que demitem e todo o sistema financeiro, além de não pagar a dívida pública. Os bilionários devem pagar pela crise! E chamamos todos à ação direta.