Insurreição no Chile. O capitalismo mostra mais uma vez que está podre. É necessária uma revolução socialista

Nos últimos dias o mundo observa um verdadeiro levante do povo chileno. Em Santiago começaram as manifestações, em estações de metrô que tiveram que ser fechadas por conta dos protestos contra o aumento do preço das passagens. Assim como no Brasil em 2013, esse foi somente o estopim de uma revolta muito maior.

Mundo - 26 de outubro de 2019

Nos últimos dias o mundo observa um verdadeiro levante do povo chileno. Em Santiago começaram as manifestações, em estações de metrô que tiveram que ser fechadas por conta dos protestos contra o aumento do preço das passagens. Assim como no Brasil em 2013, esse foi somente o estopim de uma revolta muito maior. O país da América Latina é o que já vem aplicando os planos defendidos pelos neoliberais a muito tempo. As teses liberais colocadas em prática é o que leva o país a ser um dos que possui a população com menor poder de compra. O liberalismo levou que mesmo o que teoricamente deveria ser público, como saúde e educação sejam cobrados. Em alguns casos se paga mais para estudar em uma universidade “pública” do que na diretamente privada.

A onda de protestos se transformou em uma verdadeira insurreição popular contra o governo de Pinera. Já no primeiro dia de protestos foi decretado o toque de recolher. Isso fez a revolta aumentar ainda mais. Começaram a ver mortes nos enfrentamentos contra as forças de repressão de governo. Hoje já são 18 mortos nos protestos.

Diante disso o governo suspendeu o aumento das tarifas do metrô. Como a onda de protestos seguiu e se ampliou, o presidente foi a público pedir desculpas por não ter escutado o povo. E anunciou medidas na tentativa de conter os protestos: prometeu aumento nas aposentadorias e no salário mínimo. Congelamento nas tarifas de luz. Corte nos salários de parlamentares. E diz que subsidiar essas medidas com maior taxação sobre que ganha acima de 8 milhões de pesos (45 mil reais).

Apesar disso, os protestos seguiram. Da mesma forma a repressão e os toques de recolher. Com pedras, auto defesa, e da forma que podem os manifestantes se defendem e tentam resistir. O Chile mostra primeiro a falácia de que o Neoliberalismo é a saída. E também o povo mostra que mesmo medidas supostamente de concessão, como taxar grandes fortunas, congelar preços, etc, não resolverão o problema. Na prática os Chilenos lutam para ter uma vida mais digna. E é na prática que fica claro que essa é uma luta contra o capitalismo.

Fora Pinera! Pela construção de uma grande assembléia do povo para decidir os rumos do Chile!

Em situações como esta o que está colocado é uma luta superior a luta contra um governo específico. Até porque o país chegou nesse ponto passando por governos supostamente de esquerda como o de Michele Bachelet. E estes tipos de governo não mudaram em nada o rumo liberal do país. Não se trata de uma luta entre um Pinera conservador e uma Michele Bachelet de esquerda. Ambos projetos são um fracasso. E é assim, pois mesmo que com aparências de diferentes um do outro, na prática sustentam o modo de produção capitalista. A crise no Chile é a mesma do Equador, no Brasil e na Venezuela. É a crise do capitalismo que está agonizando. As revoltas são o grito dos povos, dos de baixo, que não querem deixar que a barbárie tome conta.

O socialismo é uma necessidade. E entendemos por socialismo medidas concretas: que o povo tome os meios de produção e organize a economia do país. Que se acabe com a propriedade privada dos meios de produção. Que se expulsem as multinacionais e toda a burguesia parasita do país. É necessário construir um tipo de poder que enterre de vez governos repressores, mas que acabe também com a falsa democracia que se vende como forma de organizar a sociedade. Não basta reduzir salário de parlamentares. Estes tem que ser eleito diretamente pelo povo, com assembleias nos bairros, fábricas, escolas, universidades. Os mandatos devem ser revogáveis a qualquer momento, e o salário deve ser o mesmo padrão de um trabalhador comum. Para isso é necessário apontar um caminho para o chile: uma revolução que desmonte o exército defensor de Pinera. Que se dissolva o parlamento e o judiciário burguês e que se estabeleça um poder da classe trabalhadora chilena, a partir de seus organismos de luta.

Todo apoio a luta do Povo Chileno!
Fora Pinera!
Pelo fortalecimento e vitória da resistência!
Pela solidariedade internacional, sigamos o exemplo do Chile, do Equador, por uma América Latina toda socialista!