Indústria despenca nas últimas décadas no Brasil! E cai mais 1,2% no 1º ano de Bolsonaro!

Em dezembro de 2019, a produção industrial nacional recuou 0,7% frente ao mês anterior. Em relação a dezembro de 2018, a indústria caiu 1,2%. Com esses resultados, o setor industrial recuou tanto no fechamento do quarto trimestre de 2019 (-0,6%), como no acumulado do segundo semestre do ano (-0,9%), contra iguais períodos do ano anterior. Queda em todos os setores! 3 das 4 grandes categorias econômicas e 17 dos 26 ramos pesquisados mostraram redução na produção.

Nacional - 7 de fevereiro de 2020

Em dezembro de 2019, a produção industrial nacional recuou 0,7% frente ao mês anterior. Em relação a dezembro de 2018, a indústria caiu 1,2%. Com esses resultados, o setor industrial recuou tanto no fechamento do quarto trimestre de 2019 (-0,6%), como no acumulado do segundo semestre do ano (-0,9%), contra iguais períodos do ano anterior. Queda em todos os setores! 3 das 4 grandes categorias econômicas e 17 dos 26 ramos pesquisados mostraram redução na produção.

A queda da atividade industrial vem se acumulando há anos, e é generalizada entre os mais diferentes setores da indústria. Três das quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 26 ramos pesquisados mostraram redução na produção. Entre as atividades, as maiores quedas em apenas 1 mês foram em veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,7%), máquinas e equipamentos (-7,0%), indústrias extrativas (-1,4%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,2%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-6,6%), metalurgia (-1,9%), produtos de metal (-2,9%), produtos de borracha e material plástico (-2,5%), produtos de minerais não-metálicos (-1,8%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,5%). A queda geral só não foi maior porque os produtos derivados do petróleo e biocombustíveis cresceram 4,2%.

Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital recuaram 8,8% no mês e acumula quedas consecutivas no ano todo. Isto é gravíssimo, pois estes são os bens mais importantes na produção, pois são os bens que servem para a produção de outros. Por exemplo, são máquinas, equipamentos, materiais de construção, instalações industriais, etc. Se não se produzem máquinas nem instalações, isso significa que se produzirá menos roupas, calçados, carros, computadores, prédios e todo o resto no futuro.

Indústria recuou 1,2% na comparação com dezembro de 2018

Se os resultados do último mês de 2019 foram muito ruins, em 1 ano foi ainda pior. A média do setor industrial caiu 1,2%, interrompendo dois anos consecutivos de pequenos crescimento: 2017 (2,5%) e 2018 (1,0%). Caíram a indústria extrativa (-12,2%), a metalurgia (-10,4%), os farmoquímicos e farmacêuticos (-17,3%), máquinas e equipamentos (-7,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,6%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-8,6%), celulose, papel e produtos de papel (-2,9%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-8,1%); dentre outros. Ao todo, 54,2% dos 805 produtos pesquisados já regrediram em 2019, mas o efeito colateral da grande queda dos bens de capital ainda deve piorar estes dados em 2020.

Montadoras, “carro-chefe” da indústria brasileira, mostra que 2020 já começou péssimo

Ainda não há dados do desempenho de toda a indústria em janeiro, mas os que estão sendo divulgados já são bastante ruins. A produção de veículos, por exemplo, caiu 3,9% em janeiro ante igual mês do ano passado, informou hoje a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Foram produzidas 191,4 mil unidades no primeiro mês do ano, em balanço que soma os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

Também houve recuo nas exportações. O número de veículos vendidos ao exterior atingiu 20 mil unidades em janeiro, contração de 20% em relação a igual mês do ano passado. No mercado doméstico, os números da Anfavea confirmam os que foram divulgados pela Fenabrave na última terça-feira. Foram emplacados 193,4 mil veículos, retração de 3,2% ante o volume de janeiro do ano passado.

Além disso, em 12 meses o saldo de empregos neste setor aponta o fechamento de 4.548 vagas. Ao todo, janeiro terminou com 125.905 funcionários nas montadoras, uma queda de 3,5% em relação a janeiro do ano passado, e mantém a continuidade das demissões num setor que vem perdendo vagas há anos.