GREVE DE CAMINHONEIROS É A EXPRESSÃO DO ASCENSO DOS TRABALHADORES! FORA TEMER, FORA TODOS!

Desde o dia 21/05, após um novo anúncio de aumento do preço dos combustíveis, os caminhoneiros iniciaram uma onda de protestos, com uma greve histórica do setor de transportes e bloqueios nas estradas que fizeram acabar produtos nas prateleiras de supermercados, faltar combustível nos postos de todo o país, voos serem cancelados e o governo Temer ficar, outra vez, a um fio de ser derrubado.

Nacional - 5 de junho de 2018

Desde o dia 21/05, após um novo anúncio de aumento do preço dos combustíveis, os caminhoneiros iniciaram uma onda de protestos, com uma greve histórica do setor de transportes e bloqueios nas estradas que fizeram acabar produtos nas prateleiras de supermercados, faltar combustível nos postos de todo o país, voos serem cancelados e o governo Temer ficar, outra vez, a um fio de ser derrubado.

Como porta-vozes de uma população inteira cansada de pagar por uma gasolina absurdamente cara, passagens de ônibus com preços sempre subindo e por impostos que consomem todo o salário sem que haja retorno nenhum em serviços públicos, e, principalmente, cansada do governo Temer, os caminhoneiros ganharam a simpatia popular imediata e mostraram o caminho.

Assim como os manifestantes de 2013 conquistaram o país começando a lutar contra o aumento de 20 centavos das passagens, mas depois englobando uma infinidade de pautas para mudar o país, os caminhoneiros contagiaram motoboys, motoristas de uber e cada vez mais gente que torcia pela vitória das reivindicações e pela derrota de Temer, pois uma coisa ficou cada vez mais ligada à outra.

Ir a atos nas principais avenidas das grandes cidades em 2013 foi mais fácil que se deslocar até piquetes de pneus queimando à beira de estradas distantes agora, o que fez com que tenha sido mais fácil ampliar a luta em 2013 para “não é só pelos 20 centavos” e mais difícil envolver a população para ultrapassar a luta pela redução do preço do diesel ou obter isenção de caminhões em pedágios. De semelhante, porém, foi que outra vez ficou provado que só a ação direta pode mudar a vida. Outra vez, se viu que há um ascenso dos trabalhadores com lutas explodindo e multidões envolvidas. E, outra vez, as direções de sindicatos, partidos de “esquerda” e entidades, na sua imensa maioria, traíram a luta, as desqualificaram ou simplesmente se omitiram.

Apoio incondicional à greve dos caminhoneiros. Unir os lutadores pela Greve Geral!

São cerca de 2 milhões de caminhoneiros no Brasil. Pouco mais da metade é empregado de transportadoras, mas isso não faz da greve uma “greve de empresários”. O motorista de carteira assinada tem seu salário reduzido e a jornada é exaustiva porque o empresário, além de aumentar os preços do produto para compensar uma carga tributária excessiva e custos abusivos, corta o ganho dos seus empregados. Mas há mais de meio milhão de motoristas autônomos, donos de seu caminhão, na maioria das vezes financiado em décadas, e cujas parcelas são pagas com dificuldade ao mesmo tempo em que se tem que pagar por manutenção de veículos avariados nas péssimas estradas brasileiras, por pedágios vergonhosamente caros e por um diesel que subiu mais de 50% em poucos meses.

A greve dos caminhoneiros não só é justíssima, como é pelo bem da maioria da população, porque caminhoneiros bem remunerados e combustível mais barato significam produtos e alimentos mais baratos, além de menos acidentes das estradas, mais emprego e movimentação da economia. Além de seus efeitos positivos diretos, o sucesso da greve dos caminhoneiros também significa o exemplo de que é lutando que se conquista e a condição de massificar e multiplicar as greves ainda mais. Para que, além do diesel, baixe o preço da gasolina, do etanol e do gás veicular e de cozinha; que os alimentos, eletrônicos, rações, roupas, etc. tenham menos oneração de impostos e sejam mais acessíveis aos trabalhadores.

O Estado precisa recolher impostos, sem dúvida, mas eles devem ser arrecadados das grandes fortunas, das grandes heranças, dos lucros dos bancos e da retirada de centenas de bilhões de reais em isenções fiscais concedidas a grandes empresas. O trabalhador pobre ou de classe média paga muito mais imposto que o rico no Brasil, e a disparada dos preços dos combustíveis, além de colocar na ordem do dia a reestatização das ações privadas da Petrobrás, para que se imponha uma política de preços justa e condizente com um país que produz milhões de galões de petróleo por dia e é praticamente autossuficiente, mostrou a urgência de se reduzirem os impostos aos mais pobres.

Queremos isenção de taxa de água e luz para os desempregados; alíquota zero de impostos para medicamentos, produtos alimentares e de higiene de necessidade básica, correção da tabela do Imposto de Renda, com isenção para todos que ganhem até 6 salários mínimos e um amplo programa de redução de impostos sobre consumo e renda dos trabalhadores, sobretaxando a especulação financeira e imobiliária e combatendo a corrupção, a sonegação e as isenções à burguesia.

Os preços do diesel e dos pedágios foram os estopins de uma revolta generalizada. Mas todos os trabalhadores têm tantos ou mais motivos para parar o país que os caminhoneiros. Mas, para isso, é necessário que as direções do movimento, em especial as centrais sindicais, chamem a Greve Geral. Infelizmente, a maioria do movimento sindical só pensa nas eleições de outubro, em como soltar seus corruptos de estimação e em recuperar a cobrança do imposto sindical, e abandonaram criminosamente, os caminhoneiros à própria sorte. Mas é possível, pela base, impor a mobilização geral, da mesma forma que os motoristas conseguiram uma grande vitória, mesmo que parcial e restrita a sua pauta específica, sobre o governo Temer.

O caminho é reproduzir o que fizeram os caminhoneiros e apoiar as paralisações dos setores que também se mobilizaram na sequência, como os portuários de Santos, parte dos petroleiros e outros trabalhadores que se somaram à onda de greves.

Recentemente os mesmos caminhoneiros protestaram contra Dilma e seu governo de ataques contra o povo. Mais uma prova de que o que levou o governo petista a cair foi o fato de que governava para os ricos, e não dialogava com as demandas dos trabalhadores. Temer assumiu para continuar o que Dilma não conseguiu fazer e não é diferente: liberou os preços dos combustíveis e agora está colhendo o que plantou. A greve dos caminhoneiros e a Greve Geral que é necessário deflagrar urgentemente, além de multiplicar as conquistas econômicas, teriam força para derrubar Temer e encerrar de uma vez por todas suas iniciativas de mais ataques sobre os explorados.

É necessário ampliar os protestos até que Temer, seu responsável econômico –  Meireles – e todos os ministros deste governo, junto de todo o Congresso, sejam colocados para fora. Queremos a imediata redução do preço dos combustíveis, a estatização das empresas aéreas, ferroviárias e rodoviárias de transporte e o passe livre para todos. Porque a livre circulação de pessoas e mercadorias é uma necessidade fundamental para o país.

Vitória dos trabalhadores e recuo de Temer

Poucas vezes a expressão “perder os anéis para não perder os dedos” foi tão precisa. Um dia após iniciarem os protestos, Temer já foi obrigado a reunir-se com ministros e propor concessões. No início, o governo zeraria a CIDE (imposto sobre combustíveis). Mas os trabalhadores rejeitaram a proposta. Depois, Temer anunciou a redução de PIS/Cofins dos combustíveis, em torno de 10 centavos por 15 dias. Nova rejeição. Mais tarde, a Petrobrás anunciou a redução de 10% do preço do diesel nas refinarias, fazendo suas ações desabar porque ficou claro que a tese neoliberal de deixar o mercado por sua própria conta levou ao caos, e os acionistas privados voltariam a ter que aceitar algum controle de preços dos combustíveis. Ainda assim, a greve seguia crescendo.

Por fim, veio o pacote de zerar a CIDE, reduzir R$ 0,46 no litro do diesel (por 60 dias e não mais 15), subsidiar até R$ 10 bilhões em combustível, acabar com os reajustes diários de preços (que agora poderão ser revistos apenas uma vez ao mês), isentar de pedágios os caminhões que trafeguem sem carga, estabelecer uma tabela de preços mínimos para o frete, garantindo renda aos motoristas, e garantindo ao menos 30% de contratação de caminhões autônomos para transporte de carga de órgãos públicos como a Conab. Economicamente, uma grande vitória dos caminhoneiros e uma derrota pesada para Temer, que já amarga um déficit recorde das contas públicas e não conseguiu aprovar suas principais propostas de reformas econômicas, como a da Previdência e tributária.

As conquistas recaíram sobre os caminhoneiros porque foram eles quem estiveram mobilizados, evidentemente. E não se expandiram para o terreno político, com aa queda de Temer ou Pedro Parente, presidente da Petrobrás, mas isso não se deveu à greve dos caminhoneiros, e, sim, à traição das centrais em se recusar a generalizar a greve. Os caminhoneiros já haviam se mobilizados e sido importantes na luta contra o aumento dos custos no governo Dilma, na época sendo denunciados como golpistas pelas principais centrais como a CUT. Desta vez, porém, os pelegos foram ainda mais longe, pois conseguiram a proeza de denunciar uma greve feita por trabalhadores de base, contra o governo Temer, justamente o governo que eles dizem querer derrubar.

Ainda que as medidas anunciadas até agora sejam limitadas á pauta dos caminhoneiros, a derrota de Temer, que teve que capitular à greve, demonstrou a força da paralisação da produção. O apoio e a simpatia da classe trabalhadora deram aos protestos um peso de massa, e o governo ficou contra a parede. Só não caiu porque o PT, PCdoB e também partidos e entidades como o PSOL, o MTST e etc. fizeram o jogo dos patrões denunciando a greve, ou, no mínimo, se omitiram e foram coniventes com Temer e as Forças Armadas que tentaram dividir e reprimir as lutas. O candidato do PSOL à presidência, por exemplo, não moveu um dedo para apoiar a greve dos caminhoneiros, e tampouco seu MTST saiu às ruas em massa para reforçar os bloqueios de estrada, como teria sido a obrigação de uma entidade de luta. O mesmo com quase todas as demais organizações.

Os caminhoneiros continuam são herdeiros do levante popular de 2013, do Fora Dilma e do recorde não-votos nas últimas eleições.

A crise econômica mundial de 2008/2009, que não acabou e ainda afunda a economia capitalista em todo o planeta, também teve profundos reflexos políticos. A primavera árabe com suas inúmeras revoluções populares; a guerra na Síria; a maior onda imigratória da história; a eleição de Trump nos EUA; um ascenso de lutas extraordinário em dezenas de países e o desmonte de governos populistas como o chavismo, o kirchnerismo e o lulismo na Venezuela, Argentina e Brasil; são exemplos disso.

No Brasil, as pequenas concessões dadas no 1º mandato de Lula foram sendo gradativamente retiradas por ele mesmo e mais ainda por Dilma. Os cortes bilionários do orçamento social, as reformas para retirar direitos, a explosão do desemprego e das dívidas fizeram os governos do PT afundarem, até a queda de Dilma com milhões de pessoas nas ruas, nas maiores manifestações que o país já teve.

A correlação de forças sofreu uma profunda alteração desde 2012, quando as greves se multiplicaram e houve 3 grandes ondas de paralisações do país, com o ano terminando nas eleições mais mornas e sem esperança e ilusões que já tinha existido. Em 2013, eclodiu a “primavera brasileira” com os levantes populares de junho e julho; em 2014, a avalanche de votos nulos e abstenções, além de greves massivas; em 2015 as manifestações de multidões pelo Fora Dilma e contra todos os políticos; 2016 com greves fortíssimas contra Dilma e, depois, contra Temer, e um novo recorde de “não-votos” nas eleições; 2017 com uma Greve Geral poderosa, que não existia há 30 anos, uma marcha à Brasília radicalizada e estudantes ocupando escolas por todo o país… A greve dos caminhoneiros de 2018 e as lutas que vivemos hoje são parte e continuidade deste processo.

Os de baixo já não suportam viver como vivem, e os de cima já não conseguem governar como antes. As instituições do regime democrático-burguês estão em crise e questionadas e a maioria da população rejeita tudo e todos. São características de uma situação revolucionária e não surpreende que isso cause tanto medo na burguesia e nas organizações reformistas, cuja covardia, burocratização e mordomias dependem de manter a luta de classes sem grandes explosões e o capitalismo funcionando.

Marx disse que a História ocorre a 1ª vez como tragédia e se repete como farsa. Chega a ser espantoso como representam a farsa setores reformistas que denunciaram as manifestações populares de 2015 e 2016 como reacionárias, e agora, depois de acusar a greve dos caminhoneiros de uma “ação fascista” tentam se re-localizar e explicar a necessidade de apoiar esta greve.

Os principais argumentos contra ter se mobilizado junto com a massa que pedia o Fora Dilma eram: “a Globo os apoia”, “os empresários manipulam os manifestantes”, “são despolitizados e vestem verde e amarelo”, “há alguma faixa de intervenção militar no meio dos atos (que tinham centenas de milhares de pessoas)”, “eles são contra os partidos de esquerda”. Todos estes mesmos argumentos pueris poderiam ser usados hoje contra os caminhoneiros, e foram. Com a diferença que as manifestações dos caminhoneiros têm uma aceitação tácita da patronal dos transportes muito mais direta que na primeira fase do Fora Dilma, há muito mais faixas pedindo intervenção militar e a hostilidade à esquerda é bem mais ampla e agressiva.

Ainda assim, é preciso dar todo apoio e participar da greve ativamente, como era uma obrigação de qualquer revolucionário ou ativista coerente ter que sair às ruas para derrubar Dilma, um governo neoliberal, burguês e inimigo dos trabalhadores. A vida tratou de colocar as coisas em seu lugar e hoje, mesmo sem autocrítica, muitos setores que se recusaram a atuar em unidade de ação em 2015 e 2016 e disputar a direção das massas na correta luta pelo Fora Dilma, enfrentando a direção oportunista que foi se apropriando do movimento, mudaram de posição, se corrigiram (ainda que parcialmente) e estão fazendo o que exigimos que fizessem lá atrás, mas que apenas o MRS de forma organizada teve a coragem de fazer.

Há uma diferença entre a base e a direção dos movimentos e é evidente que a direita tentará capitalizar a greve dos caminhoneiros. A burguesia fez o mesmo diante da revolução popular contra o estalinismo no Leste Europeu, nas revoluções árabes, nos protestos contra a ditadura de Maduro e assim por diante. Os capitalistas tentam evitar estas lutas, mas se elas ocorrem, eles tratam de “aderir” para domá-las e assumir o seu controle. Quando os lutadores abandonam a luta e os lutadores porque há inimigos de classe e oportunistas dirigindo movimentos que são, no seu conteúdo, próprios da pauta dos trabalhadores e que desestabilizam a burguesia suas instituições e seus governos, estes lutadores estão fazendo o jogo dos patrões, sendo sectários na forma e capituladores no conteúdo.

Por isso, é preciso apoiar com todas as nossas forças a greve e as novas mobilizações dos caminhoneiros que venham a existir, porque ela será retomada se as promessas não forem cumpridas; e devemos jogar todo o peso para que as lutas se unifiquem e se convertam numa Greve Geral por tempo indeterminado no Brasil.

Os trabalhadores precisam de uma revolução!

A dialética ensina, entre outras lições, que a realidade é mais importante que a percepção da realidade, assim como quem é uma classe é muito mais importante do que esta classe pensa de si mesma. Um trabalhador explorado pode até pensar como um burguês, mas isto não muda seu caráter de classe nem sua realidade de vender sua força de trabalho em troca de ser exaurido diariamente e mal ser remunerado para poder sobreviver, ainda assim todo endividado.

Assim, os caminhoneiros podem odiar os socialistas e se entusiasmar com a ditadura e com Bolsonaro, mas, por pior que isso seja – e devemos combater ideologicamente estas falsas consciências -, eles não deixam de ser trabalhadores e de estar fazendo uma greve com métodos típicos da luta operária e anticapitalista, com piquetes controlados pela base; e um conteúdo que apenas uma revolução socialista poderia atender, pois o capitalismo decadente nunca vai poder garantir conquistas duradouras a uma categoria tão expressiva como são os motoristas. Qualquer vitória parcial será revertida em pouquíssimo tempo, pelo simples fato que a época imperialista que o capitalismo vive não permite mais nenhuma concessão social definitiva, e, ao contrário, vem há décadas desmontando todas as conquistas obtidas em mais de um século de lutas.

O choque da ilusão com a realidade é permanente. O caminhoneiro grevista defende Bolsonaro, mas ele não fez nada pelo sucesso da greve e, tão logo Temer anunciou um acordo que muitos caminhoneiros se recusam a aceitar, Bolsonaro disse que tinha que acabar com a greve. O caminhoneiro defende a intervenção militar do exército, mas é o exército e a Polícia Militar quem Temer mandou para jogar bombas nos piquetes e espancar os manifestantes. Da mesma forma, os grevistas podem xingar os sindicatos (no que tem razão, já que 99% dos sindicatos são gangues ou burocratas inúteis hoje em dia), mas a greve deles não foi mais longe justamente por faltar uma organização sindical que tivesse condições de articular o movimento com muito mais força e uma pauta muito mais profunda de reivindicações.

O destino e as vitórias dos caminhoneiros estão indissoluvelmente ligados ao restante da classe trabalhadora e à construção de uma direção revolucionária para a luta dos trabalhadores. Assim como uma Greve Geral bem-sucedida não é possível sem os caminhoneiros – o que dirá uma revolução. Por isso, é preciso rejeitar o raciocínio pequeno burguês de que não devemos lutar junto dos caminhoneiros por eles serem atrasados. Se eles são atrasados, em boa parte é exatamente porque não lutamos junto deles e esta categoria fundamental e que sofre todos os males do capitalismo é deixada à mercê da influência apenas da direita.

É fácil falar em greve e revolução mobilizando apenas empregado público ou com estabilidade, mas o desafio é disputar também a consciência dos setores mais pauperizados, desorganizados e atrasados. Até dentro das Forças Armadas é preciso disputar e ganhar soldados e a base para a revolução; quem dirá dos caminhoneiros, que, como eles mesmos mostraram a todo mundo (apesar do preconceito da esquerda adaptada), são um dos pilares da produção capitalista, e, portanto, elementos chave da destruição deste mesmo capitalismo.

E temos que dar esta disputa sobre a saída estratégica para melhorar a vida dos trabalhadores. A democracia-burguesa está em crise e cada vez mais gente percebe que os partidos e governos são todos iguais, e que é preciso romper com tudo e partir para outra coisa – que não sabem o que é. Sem a agitação da saída revolucionária socialista, é óbvio eu o discurso de fechar o congresso e depor o presidente, mudando todo o regime através de militares ganha espaço. A resposta a isso não é bradar a defesa da democracia burguesa falida, mas defender e lutar por um governo revolucionário dos trabalhadores, em que o fim do governo, do congresso e de todo o sistema seja obra dos explorados e a serviço de um governo da maioria da população.

– Todo apoio aos caminhoneiros! Greve Geral para derrubar Temer e seus ataques.

– Pela construção de comitês de luta pela base, nos bairros, locais de trabalho, de estudo e moradia.

– Organizar a autodefesa dos piquetes contra a repressão de Temer e dos governadores de todos os partidos. Pela radicalização da luta, através da ação direta.

 – As eleições não mudam nada! Fora Todos! O Brasil precisa de uma revolução!