Governo Temer anuncia proposta de reajuste aos trabalhadores em Greve

3% apartir de Janeiro? É deboche! É hora de fortalecer a GREVE e arrancar muito mais! Não vivemos só dessa inflação mascarada! Depois de todo o teatro protagonizado pela cúpula da ECT com apoio dos traidores dentro do movimento sindical, finalmente apresentam uma proposta.

Sindical - 23 de setembro de 2017

3% apartir de Janeiro? É deboche! É hora de fortalecer a GREVE e arrancar muito mais! Não vivemos só dessa inflação mascarada! Depois de todo o teatro protagonizado pela cúpula da ECT com apoio dos traidores dentro do movimento sindical, finalmente apresentam uma proposta. Depois de todo o teatro que suspenderiam direitos da categoria, que no próximo contracheque sequer viriam os benefícios, e que a linha era enxigar tudo, surgiu uma proposta que mantém as clausulas sociais do ACT, mantém a discussão do plano de saúde no TST e concederia “reajuste” de 3% apartir de Janeiro de 2018.

Essa na verdade é a proposta que eles estava dispostos a chegar desde o inicio, e que a Findect agora na maior cara de pau se vangloria de a ter “conquistado”. É na verdade a demonstração de que a pressão da categoria sempre foi e será o que faz eles recuarem e terem que negociar de verdade.

Aceitar essa vergonha é digno daqueles que não vivem mais o cotidiano de um trabalhador, que tem a perfeita noção que esse índice sequer repõe a defasagem do último semestre, ainda mais para janeiro. É um deboche!

A Findect/PCdoB em um beco sem saída. Querem aceitar a primeira proposta rebaixada para não sair em greve

Toda a campanha salarial dos Correios está sendo marcada por um teatro por parte do governo Temer e da cúpula dos Correios. Depois de 13 anos loteada pelo PT, que colocou seus militantes nos postos de gestão da ECT, com a saída de Dilma, o controle do ministério das Comunicações ficou nas mãos de Gilberto Kassab (PSD). Kassab indicou Guilherme Campos para presidência dos Correios, e este tem se esforçado em levar adiante o processo de entrega de mais um patrimônio do povo Brasileiro, a empresa de Correios e Telégrafos.

O plano traçado pela cúpula da ECT apresenta algumas diferenças em relação ao que estamos acostumados, porém também tem muitas semelhanças às campanhas salariais sob os governos do PT. Aparentemente os atuais são negociadores mais truculentos e que colocam à mesa que querem cortar gastos. Porém não esquecemos que o PT utilizou das mesmas artimanhas para tentar ludibriar a categoria. Sempre apresentavam uma proposta que trazia ataques, e em seguida recuava. Qual a novidade para a postura de Guilherme Campos e de Temer? Nenhuma! Inclusive se utilizam da mesma tática inaugurada sob o governo Dilma, de utilizar o TST para entravar as negociações e tentar punir a categoria através do judiciário. São todos farinha do mesmo saco!

Nesta campanha salarial o teatro está sendo o seguinte: a pauta de reivindicações da categoria foi protocolada junto ao ministério das comunicações e presidência dos Correios no dia 27 de Julho. Sabendo que o plano de saúde é um direito que trabalhador nenhum abre mão, encaminharam com a ajuda da Findect ao TST a discussão do plano, fazendo com que as negociações de verdade fossem proteladas por mais tempo. Após a rejeição da proposta mediada pelo TST, mesmo com todo o comando nacional de negociação e mobilização instaurado em Brasília deram um intervalo de 4 ou 5 dias para haver a primeira reunião. E o que apresentam como propostas para as clausulas sociais? A retirada de algumas conquistas e adiamento da campanha salarial para depois da implantação total da reforma trabalhista.

Mesmo rejeitando a proposta, o Sintect SP e RJ optaram por seguir sem aderir a greve nacional, fazendo o jogo do governo que sempre foi o de sangrar a categoria até aparecer com uma proposta que pareça “razoavel”, na tentativa de desmontar a resistência dos trabalhadores e trabalhadoras.

3% é piada! Fortalecer a greve nacional para arrancar ganho real!

Ao que tudo indica será esta, ou algo em torno disso, as propostas que serão levadas as assembleias do país todo. Supostamente os sindicatos ligados a Findect realizarão suas assembléias somente na Terça Feira. Sabemos que no que depender da atual direção destes sindicatos não sairá a greve, por isso os trabalhadores e trabalhadoras destas regiões não devem poupar esforços para que a greve seja deflagrada.

Além de toda a guerra que tem de se travar contra o governo, o judiciário e a cúpula dos Correios é necessário transformar as assembléias de SP e RJ e um campo de batalha em defesa da dignidade da categoria. E denunciar os vacilos dentro da Fentect, agora não é hora de ter dúvida fortalecer a greve nos estados já em luta e apoiar o levante dos trabalhadores e trabalhadoras de SP e RJ.