Fora Bolsonaro! 15 mil mortos e 22 milhões sem dinheiro!

Mais uma semana se passou e mais de 5 mil brasileiros morreram vítimas da Covid-19, uma quantidade absurda de trabalhadores mortos em tão pouco tempo, superior às mortes totais de quase todos os países do mundo e maiores até mesmo que todas as mortes da China, onde toda a pandemia começou a se alastrar. Ao todo, o Brasil já tem mais de 15 mil mortos, pelos índices oficiais. Se somarmos o aumento de mortos por pneumonia e síndrome aguda respiratória, já existem mais de 30 mil mortos pelo coronavírus no Brasil. Caminhamos para ser o país com mais casos de infectados e mortos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Nacional - 15 de maio de 2020

Mais uma semana se passou e mais de 5 mil brasileiros morreram vítimas da Covid-19, uma quantidade absurda de trabalhadores mortos em tão pouco tempo, superior às mortes totais de quase todos os países do mundo e maiores até mesmo que todas as mortes da China, onde toda a pandemia começou a se alastrar. Ao todo, o Brasil já tem mais de 15 mil mortos, pelos índices oficiais. Se somarmos o aumento de mortos por pneumonia e síndrome aguda respiratória, já existem mais de 30 mil mortos pelo coronavírus no Brasil. Caminhamos para ser o país com mais casos de infectados e mortos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Por outro lado, entre os que seguimos sobrevivendo, há 58 milhões de brasileiros já aprovados para receber os R$ 600 do auxílio-emergencial, mas que ainda não com seguiram receber a 2ª parcela, prometida para final de abril! Outros 22 milhões de brasileiros não foram aprovados sequer para receber a 1ª parcela! Nem um único centavo para 22 milhões de desempregados, subempregados, trabalhadores informais e microempreendedores individuais (MEIs).

Em meio a estas tragédias da perda exponencial de vidas e da miséria que atinge quem recebeu a migalha dos R$ 600 e dos que nem a isso tiveram direito, Bolsonaro e o Congresso não apresentam nenhuma proposta em defesa da vida e da sobrevivência dos trabalhadores. Não há compra nem produção de respiradores mecânicos nem de equipamentos de proteção em grande escala. Também não são construídos hospitais e nenhum hospital ou clínica privada foi estatizada, havendo leitos particulares disponíveis enquanto os hospitais públicos estão lotados.

As mortes se multiplicam e a única resposta do governo é dizer que se morre por muitas outras razões e que a vida é assim mesmo, que todos vão acabar se contaminando e a economia não pode parar. Como “remédio”, Bolsonaro virou um garoto-propaganda da cloroquina, como mais uma das panacéias que buscam uma solução mágica, e que até o presidente dos EUA, Donald Trump, vem deixando de defender, pelo fracasso de seu uso nos testes feitos.

Mas, paralelo à montanha diária de mortos, o Brasil já vive uma crise econômica sem precedentes, porque a economia dos trabalhadores e das famílias já está parada, independentemente da quarentena. Sem quarentena, os mortos no Brasil seriam mais do que o dobro do que já temos, como já ficou evidente por todas as comparações entre países. Mas, além de termos hoje uma avalanche ainda maior de vítimas, o fim da quarentena não recuperaria a economia, pois as pessoas não têm dinheiro para mais nada!

Bolsonaro e o Congresso querem deixar 22 milhões de trabalhadores brasileiros, e outros milhões que dependem deles (como seus filhos) na miséria absoluta, sem ter o que comer nem como pagar a luz, a água, o aluguel e qualquer outra coisa. Além disso, fazem com que 58 milhões tenham que fazer malabarismo para sobreviver com apenas R$ 600 em 3 parcelas, e depois mais nada até o final do ano, sendo que o emprego não voltará tão cedo! E outros 6 milhões de brasileiros tiveram seus contratos de trabalho suspensos, com redução salarial, além de outros tantos com redução da jornada de trabalho com redução também de salário.

Fora Bolsonaro! O Brasil já vive um caos e mergulhará ainda mais fundo!

A ação mais urgente para impedir que a tragédia prossiga e se agrave é derrubar Bolsonaro! Não há mais condições de permanecer com um genocida na presidência. Bolsonaro provou que é corrupto, está interferindo na Polícia Federal para proteger os crimes de seus filhos, ataca os direitos dos trabalhadores e é o principal responsável pelas dezenas de milhares de mortes que já temos e pelas que teremos nas próximas semanas. Não há negociação possível nem se pode esperar nada além de mais disparates e calamidades.

O programa imediato para proteger os brasileiros passa por não pagar a dívida pública, estatizar as empresas multinacionais, as grandes empresas nacionais e todas as que demitirem e todo o sistema financeiro, sem nenhuma indenização. Esta expropriação em larga escala dos bilionários e grandes capitalistas daria condições de investir massivamente em hospitais, leitos, equipamentos e contratação de trabalhadores da saúde.

Com esta medida, também haveria dinheiro suficiente para pagar R$ 1045 para 80 milhões de brasileiros até o final deste ano, somando 10 parcelas deste valor (R$ 10450 ao todo) e não apenas 3 parcelas de cerca de metade disso (R$ 1800 ao todo, 6 vezes menos), ainda deixando 22 milhões sem nada.

Mas nenhum partido está disposto a implementar medidas sérias contra os patrões para beneficiar a maioria da população; nem mobilizar para derrubar Bolsonaro. Nos governos estaduais que controlam, os partidos de oposição tomam as mesmas medidas de retirar direitos, cortar investimentos sociais e permitir o enfraquecimento da quarentena, para agradar seus aliados empresários. O PT chegou ao ponto de aprovar o congelamento de salários dos empregados públicos durante a pandemia, em unidade total com Bolsonaro.

Somente profundas medidas anticapitalistas poderão tirar o Brasil do atoleiro. E para avançarmos nestas medidas é preciso construir uma nova direção revolucionária para os trabalhadores. A esquerda eleitoreira e a maioria do movimento sindical viraram as costas aos explorados. É preciso combater também eles e organizar a classe trabalhadora de forma independente e com um programa de ruptura, socialista e através da ação direta.