Encontro da FNOB contra o teatro de sempre da Contraf/CUT

Nos dias 1 e 2 de junho, em Belém, ocorrerá mais um Encontro da Frente Nacional de Oposição Bancária, que reúne os 3 sindicatos de luta e independentes de bancários (RN, MA e Bauru), além de oposições combativas de vários estados. Neste encontro, se pretende organizar a luta pela pauta de reivindicações integral dos bancários, como a reposição das perdas salariais acumuladas, o fim de todas as metas, a garantia da estabilidade no emprego, a incorporação automática de funções após 10 anos, a defesa dos planos de saúde e aposentadoria sem reajustes, “equacionamentos” ou restrições de serviço, e por melhores condições de trabalho.

Sindical - 15 de maio de 2018

Nos dias 1 e 2 de junho, em Belém, ocorrerá mais um Encontro da Frente Nacional de Oposição Bancária, que reúne os 3 sindicatos de luta e independentes de bancários (RN, MA e Bauru), além de oposições combativas de vários estados. Neste encontro, se pretende organizar a luta pela pauta de reivindicações integral dos bancários, como a reposição das perdas salariais acumuladas, o fim de todas as metas, a garantia da estabilidade no emprego, a incorporação automática de funções após 10 anos, a defesa dos planos de saúde e aposentadoria sem reajustes, “equacionamentos” ou restrições de serviço, e por melhores condições de trabalho. As agências estão cada vez mais superlotadas pela falta de pessoal, que foi desligado e não foi reposto. Por isso, uma das principais lutas da campanha em 2018 deve ser pela reposição imediata de todos os bancários a menos em cada banco!

O encontro da FNOB é um espaço democrático e feito pela base, diferente dos encontros da Contraf/CUT, promovidos em hotéis de luxo e com a participação de banqueiros e governantes corruptos, como sempre acontece. Para a Contraf, tudo vai bem para os bancários e o acordo de 2 anos sem lutas foi ótimo. A única reclamação deles é por terem perdido o imposto sindical. Se depender da Contraf e daqueles que participam de seus fóruns, mais uma vez os bancários entrarão numa campanha pedindo a inflação oficial (de uns 3%) mais um “ganho real” fictício e inexpressivo, para acabar não ganhando nada e tendo a greve traída por alguma migalha.

Os trabalhadores, ao contrário, sabem que tudo vai mal! Por isso, a FNOB defende o fim do imposto sindical, que apenas sustentava a burocracia parasita dos sindicatos sem trabalho de base e com poucos filiados (que são a maioria entre os sindicatos da CUT e Força Sindical). E queremos mostrar que é possível construir uma campanha e uma greve diferentes: feitas pelos próprios trabalhadores, com uma pauta forte e levada até o final, sem traições. Chega do teatro de sempre! Lutar de verdade é urgente!

Após 2 anos amordaçados, é hora dos bancários se organizarem para lutar!

 Após quase 2 anos desde a última greve da categoria, governos e patrões aproveitaram a trégua imposta pela Contraf/CUT desde 2016 para avançar em seus ataques. As consequências do acordo bienal foram planos de demissões, fechamentos de agências e cortes de funções, que levaram o terror aos locais de trabalho, com cerca de 40 mil bancários a menos, aumento do assédio moral e da insegurança bancária, e da redução salarial de milhares de bancários descomissionados.

Enquanto tudo isso acontecia no interior dos bancos e a Reforma Trabalhista era aprovada colocando em perigo direitos históricos da categoria, além de se abrirem as portas da terceirização total do emprego bancário, a Contraf/CUT só pensou em reaver a cobrança do imposto sindical e fazer campanha política para o PT. O acordo bienal em 2016 foi um desastre premeditado! Os trabalhadores foram entregues de bandeja para sofrerem todos os ataques possíveis sem poder fazer greve como forma de resistência. Mas este ano será diferente! Os trabalhadores podem e devem reagir, com uma campanha salarial poderosa, que reverta cada um dos ataques implantados e avance em conquistas!