Eleições do Sindicato Metabase de Itabira e mais um escândalo da Conlutas!

Nos dias 08 e 09 de agosto ocorreram as eleições do Sindicato Metabase de Itabira, que representa os trabalhadores da Vale e de toda a mineração da região. A CSP-Conlutas, por orientação da sua direção majoritária, ajudou a organizar e apoiou política e materialmente a chapa 2 (Oposição Unificada – Grupos “A Voz das Minas” e “Um Novo Começo”). A chapa, como o próprio nome indica, representa uma frente unificada entre dois grupos políticos: “A Voz das Minas” – mais ligada à direção majoritária da central com Carlos “Cacá” Estevam, hoje no PSTU – e “Um Novo Começo” – dirigida pelo ex-mecânico da Vale e vereador André Viana (PODE).

Sindical - 21 de agosto de 2018

Nos dias 08 e 09 de agosto ocorreram as eleições do Sindicato Metabase de Itabira, que representa os trabalhadores da Vale e de toda a mineração da região. A CSP-Conlutas, por orientação da sua direção majoritária, ajudou a organizar e apoiou política e materialmente a chapa 2 (Oposição Unificada – Grupos “A Voz das Minas” e “Um Novo Começo”).  A chapa, como o próprio nome indica, representa uma frente unificada entre dois grupos políticos: “A Voz das Minas” – mais ligada à direção majoritária da central com Carlos “Cacá” Estevam, hoje no PSTU – e “Um Novo Começo” – dirigida pelo ex-mecânico da Vale e vereador André Viana (PODE).

O mecânico André Viana Madeira, 33 anos, que aos 18 anos ingressou na Vale, foi eleito presidente do sindicato Metabase de Itabira, o maior da região, com cerca de 3,8 mil associados, entre trabalhadores da Vale, Belmont Mineração e Anglo American.

A eleição mobilizou 2.091 votantes. Com 1.217 votos (58,2%), o dublê de sindicalista e vereador pelo Podemos, o “Pato Rouco”, apelido de André Viana entre os colegas de trabalho na Vale, desbancou o também vereador Paulo Soares de Souza (PRB), que obteve 811 votos (38,7%). Viana é o atual vice-presidente do sindicato, mas abriu dissidência assim que tomou posse. A nova diretoria será empossada no dia 1º de novembro, para um mandato de quatro anos.

Num primeiro momento qualquer militante de esquerda sério já estaria se perguntando: ora, como pode uma central classista e que defende o socialismo se aliar com um vereador de um partido burguês numa disputa sindical? Para piorar a situação, André Viana, membro do PODEMOS – partido do candidato a presidência Álvaro Dias – e da Ala mais à direita que apoia Jair Bolsonaro. Chegamos em mais um absurdo protagonizado pela Federação Sindical e Democrática dos Trabalhadores Metalúrgicos de Minas Gerais (FSDTM-MG) dirigida majoritariamente pelo PSTU em que o vale tudo na disputa sindical mais uma vez massacrou a independência de classe e qualquer perspectiva de retomada das lutas dos trabalhadores nesta base sindical.

No currículo do novo Presidente do Metabase de Itabira estão a defesa da aplicação do projeto Escola Sem Partido em sua cidade, a realização da Marcha da Inocência (que visava “defender” as crianças da influência LGBT), a defesa do aumento da repressão sobre o povo pobre e toda a pauta de extrema direita da cidade (inclusive com a tragicômica “inauguração” do outdoor de Jair Bolsonaro em Itabira).

A história se repete como farsa

Não é novidade que estes tipos de absurdos aconteçam com a nossa central sob a direção do PSTU. Já tivemos inúmeros casos de chapas sindicais sendo feitas entre a conlutas e o mais diverso espectro dos inimigos da classe trabalhadora, agora, pelo visto com novas variáveis. Chapas com a CTB (PCdoB), Articulação (PT), PODEMOS acabam sendo a eterna prática que nunca consegue colocar os sindicatos no caminho das lutas dos trabalhadores, ao contrário, na lógica de ganhar o aparato a todo o custo nossa central e neste caso a nossa federação de metalúrgicos de Minas Gerais comete mais um crime contra a moral revolucionária assim como sepultou o desenvolvimento de uma oposição classista, de luta e realmente democrática para se reduzir na participação do outro bando da burocracia sindical.

Este ato vergonhoso e traidor não pode passar impune! Exigimos que a FSDTM-MG faça auto crítica desta tática assim como a devida retratação publica ao conjunto dos Metalúrgicos que representa em Minas Gerais. Da mesma maneira, exigimos que a Conlutas Estadual MG e a nível nacional realizem autocrítica.