É necessária uma nova Intifada palestina para retomar Jerusalém, acabar com Israel e expulsar Trump e o imperialismo!

Os Estados Unidos inauguraram sua embaixada em Jerusalém no dia 14/05, e provocaram uma nova etapa na agressão sistemática ao povo palestino e aos árabes como um todo. Capital da palestina e dos palestinos, Jerusalém foi saqueada e ocupada pelos sionistas de Israel ao longo das guerras de expansão deste Estado terrorista, teocrático e semi-nazista, um verdadeiro enclave armado do imperialismo no meio de uma das regiões mais ricas do planeta.

Mundo - 24 de maio de 2018

Os Estados Unidos inauguraram sua embaixada em Jerusalém no dia 14/05, e provocaram uma nova etapa na agressão sistemática ao povo palestino e aos árabes como um todo. Capital da palestina e dos palestinos, Jerusalém foi saqueada e ocupada pelos sionistas de Israel ao longo das guerras de expansão deste Estado terrorista, teocrático e semi-nazista, um verdadeiro enclave armado do imperialismo no meio de uma das regiões mais ricas do planeta.

No dia da tragédia da criação de Israel em 1948, este Estado policial que expropriou a terra dos palestinos, o presidente dos EUA, Donald Trump, cumpriu sua criminosa promessa de campanha de instalar a embaixada do principal país imperialista na região, rasgando as decisões internacionais e da ONU que, mesmo cúmplices dos sionistas israelenses, sempre tiveram que, ao menos, defender um caráter “neutro” para Jerusalém, sem a considerar como capital israelense. Agora, um Estado que já era ilegítimo tem uma capital ainda mais ilegítima do que já era Tel-Aviv.

Ação direta! Intifada e revolução são os únicos caminhos!

Os palestinos protestam na fronteira desde o dia 30 de março, na chamada Grane Marcha do retorno, que evoca o direito dos palestinos de voltarem para os locais de onde foram removidos após a criação do Estado de Israel, em 1948. A inauguração da representação diplomática dos EUA em Jerusalém multiplicou estes protestos. Apenas na manhã do dia 15/05 foram 58 mortos covardemente pelos soldados assassinos de Israel. Em uma única manhã! O Ministério da Saúde palestino informou ao jornal “Haaretz” que foram mais de 2200 feridos. Em poucas horas! Entre os primeiros mortos, já havia 8 crianças com menos de 16 anos. É um massacre!

Na fronteira com a Faixa de Gaza, milhares de palestinos se reuniram em diversos pontos e pequenos grupos se aproximaram da cerca de segurança que os separa da área ocupada por Israel. Os grupos tentaram avançar contra a barreira e alcançar o outro lado de seu território, mas foram alvo de rajadas de tiros e centenas de bombas jogadas pelos soldados terroristas de Israel. Em resposta, os trabalhadores e estudantes palestinos lançaram pedras na direção dos soldados, utilizando a arma mais tradicional da Intifada, nome dado à revolução popular palestina, cuja primeira versão foi em 1987, e é conhecida por ser a “revolução das pedras” com a juventude à frente.

Aviões, helicópteros e drones despejaram bombas e balas contra os manifestantes desarmados e nenhum soldado ficou ferido, num banho de sangue que só repete os inúmeros crimes de guerra cometidos desde 1948 por este Estado que repete os métodos nazistas que judeus foram vítimas na 2ª Guerra, agora cometidos contra os palestinos.

Até a normalmente omissa Anistia Internacional pediu a Israel o fim da “abominável violação” dos direitos humanos na Faixa de Gaza. A OLP (Organização para a Libertação da Palestina) anunciou uma Greve Geral nos territórios palestinos como luto pelo “martírio” na Faixa de Gaza. O alto comissário para os Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra’ad Al Hussein, reagiu sobre os confrontos em Gaza dizendo: “A morte chocante de dezenas de pessoas e as centenas de feridos por tiros de munição real em Gaza devem parar imediatamente, e os autores dessas violações flagrantes dos direitos humanos devem ser responsabilizados”. A União Europeia pediu “máxima moderação” depois das mortes em Gaza. O presidente da França, Emmanuel Macron, condenou a violência das forças armadas israelenses contra os manifestantes palestinos durante conversas por telefone com o presidente palestino Mahmoud Abbas e o rei Abudllah da Jordânia. O governo da África do Sul retirou até segunda ordem seu embaixador de Israel e o governo da Turquia chamou para consultas seus embaixadores em Tel Aviv e Washington. Os países árabes solicitaram, através do Kuwait, uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU.

Nenhuma condenação internacional, porém, será capaz de deter a fúria genocida de sionistas israelenses e imperialistas norte-americanos, que há décadas descumprem resoluções da ONU, massacram os povos da região e utilizam armas químicas e métodos contrários à Convenção de Genebra e próprios de ditaduras sanguinárias. Não é possível diálogo com o Estado racista e semi-nazista de Israel, e só a derrota armada deste governo carniceiro pode libertar os palestinos e árabes em geral, bem como os próprios trabalhadores israelenses, vítimas da exploração de seus empresários e de seu governo capitalista.

Os trabalhadores de todo o mundo devem exigir a ruptura imediata das relações diplomáticas de seus governos com Israel, bem como das relações comerciais com este Estado. E é preciso ocupar e expropriar os bens de todos os burgueses deste território. Ao mesmo tempo, defendemos a formação de comitês de defesa, luta e solidariedade ao povo palestino em todos os locais possíveis. Para enviar medicamentos, recursos, combatentes e tudo o que for necessário para a resistência palestina.