É hora de se mexer! Senado começa a votar a privatização dos Correios e entidades seguem sem lutar.

Após a Câmara aprovar o Projeto de Lei (PL) 591, que permite a privatização dos Correios, o Senado começará a votar o mesmo projeto, que precisará ser aprovado em dois turnos. A primeira grande batalha será nos próximos dias, em 9/11, quando a Comissão de Assuntos econômicos (CAE) do Senado votará o parecer do relator, já favorável à venda da empresa. Deveria haver uma paralisação nacional no dia 9, e uma mobilização fortíssima, incluindo outros trabalhadores, mas não existe nada previsto...

Sindical - 11 de novembro de 2021

Após a Câmara aprovar o Projeto de Lei (PL) 591, que permite a privatização dos Correios, o Senado começará a votar o mesmo projeto, que precisará ser aprovado em dois turnos. A primeira grande batalha será nos próximos dias, em 9/11, quando a Comissão de Assuntos econômicos (CAE) do Senado votará o parecer do relator, já favorável à venda da empresa. Deveria haver uma paralisação nacional no dia 9, e uma mobilização fortíssima, incluindo outros trabalhadores, mas não existe nada previsto…

A privatização dos Correios é um crime contra o Brasil e um ataque violento contra os trabalhadores e contra a maioria da população, em especial os mais pobres. Os preços dos envios de cartas, documentos e todo tipo de encomendas vai subir absurdamente, não haverá mais serviço nas pequenas cidades e os trabalhadores da “nova empresa” perderão seus direitos e terão os salários ainda mais arrochados.

No último ano, o lucro dos Correios foi de R$ 1,5 bi, mesmo na pandemia. Vender os Correios é entregar patrimônio público nas mãos de grandes empresários. Até nos Estados Unidos, pátria do liberalismo, os Correios são estatais. Na Argentina e em Portugal, após privatizações desastrosas, os Correios estão sendo reestatizados. No Brasil, só há tanto interesse em vender os Correios porque os empresários sabem que podem ganhar muito dinheiro com a empresa. Por isto, defender os Correios 100% públicos é uma luta de todos os trabalhadores. O Brasil precisa de um Correios ainda mais forte, maior, com mais unidades, que chegue ainda mais longe, mais rápido e com mais empregados, ganhando melhor e com melhores condições de trabalho.

Fentect, Findect e Sintect-RS aceitam tudo sem lutar!

Nós, trabalhadores dos Correios, somos os trabalhadores que mais perderam nos últimos anos. Mesmo tendo lutado sem parar. Por quê? Porque nosso sindicato e federações entregam tudo sem resistir. Nenhuma estatal paga tão pouco e nenhum funcionário público ganha tão mal. Passamos a trabalhar de graça nos sábados. Nos tiraram o adicional de 70% sobre as férias. Estão destruindo e, ao mesmo tempo, encarecendo nosso plano de saúde. Tudo que podiam nos atacar, nos atacaram. Mas as direções sindicais ligadas aos partidos eleitoreiros que comandam a Fentect, Findect e o Sintect-RS aceitam tudo! Assinam acordos horríveis. Desmontam greves, mesmo quando estão muito fortes. E só apontam a Justiça como única solução. Por causa deles, estamos perdendo mais e mais a cada ano. E chegamos a novembro sem um novo acordo coletivo e com reajuste zero!

Os dirigentes sindicais vivem liberados e administram as entidades à base dos milhões da taxa negocial que, mesmo com o fim do imposto sindical, segue sendo surrupiada do bolso dos trabalhadores. Nós somos contra isso! Defendemos o fim da cobrança da taxa negocial, que haja revezamento nas liberações sindicais, para que os dirigentes voltem à base, e que o sindicato e as federações chamem imediatamente a luta, e parem com enrolação.
Sindicato não é partido, nem governo, nem profissão! É hora de chamarmos uma grande luta nacional em defesa dos Correios, denúncia da privatização e dos seus prejuízos à população, com atos de rua, paralisações e protestos em Brasília e em todas as regiões. As direções sindicais que não se movem devem ser removidas! Que a base aponte o caminho.

Nosso contato: (51) 99441-6955               LUTA PELA BASE