É hora da Greve Geral! Unir as lutas para derrubar Temer e seus ataques!

A greve dos caminhoneiros mal havia iniciado e praticamente o país inteiro torcia para seu sucesso. Mesmo sem produtos no supermercado, com redução na circulação de ônibus, sem poder viajar de avião, com carros sem combustível para trafegar, engarrafamentos diante de estradas bloqueadas e todos os demais transtornos inevitáveis em paralisações, ainda mais quando elas são realmente fortes, a imensa maioria da população apoio com entusiasmo a greve dos caminhoneiros.

Nacional - 5 de junho de 2018

A greve dos caminhoneiros mal havia iniciado e praticamente o país inteiro torcia para seu sucesso. Mesmo sem produtos no supermercado, com redução na circulação de ônibus, sem poder viajar de avião, com carros sem combustível para trafegar, engarrafamentos diante de estradas bloqueadas e todos os demais transtornos inevitáveis em paralisações, ainda mais quando elas são realmente fortes, a imensa maioria da população apoio com entusiasmo a greve dos caminhoneiros. Mas, além do apoio à distância, esta greve poderia ter se tornado uma imensa Greve Geral no país.

Infelizmente, por uma política consciente e deliberada das centrais sindicais, a greve dos caminhoneiros se restringiu aos caminhoneiros e isolou suas reivindicações das demais demandas dos trabalhadores (como passe livre no transporte público, redução do preço do etanol, gasolina e gás veicular e de cozinha; além de todas as demais pautas dos trabalhadores que ultrapassam a questão do transporte). O governo Temer, outra vez, poderia ter sido posto abaixo. E não foi porque as entidades sindicais, populares e estudantis que existem, quase todas ligadas ao PT, PCdoB e PSOL, não moveram uma palha para reforçar a greve dos caminhoneiros e derrubar Temer.

Nem CUT, nem UNE, CTB ou MTST fizeram o que era sua obrigação: sair às ruas e convocar a todos para que se somassem à luta para derrubar Temer e pela redução do custo de vida e dos impostos aos trabalhadores e para suas necessidades básicas, fazendo com que os ricos paguem pela crise. Assim como traíram as lutas em 2017, sabotando a Greve Geral, em abril e em junho, e se recusando a levar adiante o calendário de paralisações, mais uma vez o conjunto das entidades permitiu que Temer se levantasse do chão e, cedendo aos pedidos específicos dos caminhoneiros, conseguisse estancar mais uma crise.

No entanto, ainda há muitas lutas ocorrendo. Mesmo entre os caminhoneiros, existe muita resistência, paralisações por fora do comando de greve e indignação com seu desfecho. E há greves em inúmeras outras categorias. Como foi a greve da educação no PA, uma categoria com mais de 100 mil trabalhadores e que segue em greve no momento em que escrevemos este texto. Da mesma forma, há municipários, comerciários, trabalhadores da construção civil e muitos outros em greves locais hoje em dia. Neste momento, também se preparam para entrar em movimento alguns batalhões pesados dos trabalhadores do país, como metalúrgicos, petroleiros, bancários e trabalhadores dos Correios; todos com campanhas salariais e possíveis greves entre agosto e setembro. É possível e urgente unificar estas lutas e construir uma poderosa Greve Geral no Brasil.

Só a ação direta pode barrar os ataques de Temer e impor o atendimento de nossas demandas. A inflação oficial é mentirosa e, na realidade, é muito maior que os 3% ao ano divulgados pelo governo. Somente os combustíveis subiram mais de 50%. Os alimentos do mesmo jeito. O preço das passagens também. O desemprego segue em patamares recordes e as dívidas impedem o consumo das famílias. Ao mesmo tempo, o governo corta verbas do orçamento das áreas da saúde, educação, moradia e segurança e as obras estão paradas por todo o país. É urgente reagir e parar a produção do Brasil!

As eleições de outubro deste ano não vão mudar coisa nenhuma. Seja quem ganhar a eleição para presidente ou para o Congresso e governos estaduais, a corrupção, os privilégios aos grandes empresários e banqueiros, e a miséria e altos impostos para os trabalhadores seguirão sem nenhuma mudança! Só a ação direta é a saída! É urgente construir uma Greve Geral por tempo indeterminado no país, exigindo:

– Passe Livre para todos em ônibus, trens e metrôs.

– Gasolina, diesel e gás ao preço do custo de produção e distribuição da Petrobrás.

– Por uma Petrobrás 100% pública! Fim das terceirizações na estatal e reajuste geral para os petroleiros.

– Pela estatização de todas as áreas de exploração de petróleo, refinarias e postos de combustíveis, sem indenização aos empresários, que exploram a maioria da população.

– Contra a carestia e a inflação de produtos básicos, salário mínimo do Dieese para todos os  trabalhadores.

– Isenção de impostos para os mais pobres e de produtos básicos; que os ricos paguem pela crise.

– Abaixo a Reforma Trabalhista e a nova lei de terceirizações.

– Não pagamento da dívida pública.

– Estatização do sistema financeiro e das grandes empresas devedoras de impostos.

– Fora Todos! Fora Temer. Fora o Congresso. Fora o STF e a cúpula do judiciário.