Dia do trabalhador, trabalhadores: uni-vos!

Este é o 1º de maio mais terrível em décadas! Nunca houve tantos milhões de refugiados por guerras e fome no mundo, o 1% mais rico nunca foi tão rico e os pobres são cada vez mais pobres, sem direitos e massacrados. A pandemia do Covid-19 se somou a isto tudo, e os povos são vítimas de uma carnificina. Presos em suas casas, os trabalhadores não terão sequer manifestações públicas.

Mundo - 30 de abril de 2020

Este é o 1º de maio mais terrível em décadas! Nunca houve tantos milhões de refugiados por guerras e fome no mundo, o 1% mais rico nunca foi tão rico e os pobres são cada vez mais pobres, sem direitos e massacrados. A pandemia do Covid-19 se somou a isto tudo, e os povos são vítimas de uma carnificina. Presos em suas casas, os trabalhadores não terão sequer manifestações públicas.

No mundo inteiro, são 3,5 milhões de infectados e 240 mil mortos! É uma tragédia histórica, e isso tudo em apenas alguns meses. Enquanto isso, governos se negam a tratar o problema com a seriedade que tem, colocando a manutenção da economia acima das vidas das pessoas, assim como deixando a maioria da população sem condições materiais para realizar a correta quarentena.

No nosso continente americano, são mais de 1 milhão de infectados apenas nos Estados Unidos, e 63 mil mortos. No Brasil, nos aproximamos de 100 mil casos, com 6 mil mortos oficiais e mais do que o dobro disso conforme registros de cartórios e de hospitais. No México, a pandemia também já matou 1800 pessoas, e países como o Equador e Chile vivem uma tragédia, com mortos se multiplicando e doentes sem atendimento. O que unifica estas diferentes realidades é que em todos os lugares os governos capitalistas não dão as condições necessárias para que os trabalhadores possam ficar em casa para não se contaminar, nem dá tratamento adequado quando são infectados.

Faltam médicos, leitos, medicamentos e principalmente condições financeiras para evitar a contaminação em massa. Os valores colocados à disposição de trabalhadores desempregados ou sem renda neste momento são insuficientes e não chegam a todos que precisam! Apesar da gravidade e da violência desta pandemia, a grande maioria dos seus efeitos poderiam ser evitados, se tivesse havido investimento em saúde e nas condições das pessoas ficarem isoladas.

Os governos burgueses, no entanto, estão usando esta catástrofe para transferir ainda mais recursos públicos a bancos e grandes empresários, ao mesmo tempo em que aumentam as demissões, se cortam salários e direitos. Os governos também aproveitem para reprimir quem sai às ruas, com violência contra quem não consegue fazer a quarentena porque foram abandonados pelos governos. As mortes têm um culpado principal: o sistema capitalista!

O capitalismo não tem mais nada a oferecer à humanidade, e o 1º de Maio não pode ser apenas um “dia de festa” para que se critiquem problemas que só se agravam e se proclame a defesa do socialismo. É urgente dar uma resposta revolucionária à maior crise da História do capitalismo, que começou ainda em 2008 e não acabou desde então, e é muito anterior ao coronavírus.

Precisamos lutar por nossa sobrevivência, o que inclui emprego para todos, salários dignos e amplos direitos trabalhistas. Mas para isso ser garantido é preciso derrubar os governos que nos atacam e ir além: construir governos revolucionário por meio de comitês que reúnam todos os explorados, da cidade e do campo, unindo trabalhadores e estudantes, encabeçados pelas mulheres, negros, imigrantes e setores oprimidos, por meio de comitês de luta e poder popular, em cada bairro, local de trabalho e de estudo.

A maioria das organizações que se dizem defensoras dos trabalhadores não passam de cúmplices dos ataques que sofremos. Vivem de seus gabinetes de deputados e de sindicatos que raramente lutam, falando de socialismo enquanto sustentam o capitalismo. Todos os principais partidos já governaram e mantiveram os mesmos ataques aos trabalhadores. As eleições não mudam nada e é preciso colocar abaixo todas as instituições através da luta dos explorados. A hora não é depois: é agora!