Desemprego, dívidas e perda direitos! As eleições não vão mudar nada disso! Vote Nulo!

Depois de 20 anos de ditadura, em que o Brasil só andou para trás, chegamos a 30 anos de eleições “democráticas” em que os trabalhadores seguem perdendo ano após ano. Na ditadura, a dívida cresceu, o país ficou mais pobre e dependente dos países ricos e milhares de trabalhadores foram assassinados por um regime controlado pelos grandes empresários e famílias de coroneis. Apesar da imensa vitória do fim da ditadura, os mesmos grupos e empresas seguiram governando o país, agora distribuídos em bem mais partidos, muitas vezes “rivais”, mas que, nas eleições ou nos governos, voltam a se coligar.

Nacional - 28 de agosto de 2018

Depois de 20 anos de ditadura, em que o Brasil só andou para trás, chegamos a 30 anos de eleições “democráticas” em que os trabalhadores seguem perdendo ano após ano. Na ditadura, a dívida cresceu, o país ficou mais pobre e dependente dos países ricos e milhares de trabalhadores foram assassinados por um regime controlado pelos grandes empresários e famílias de coroneis. Apesar da imensa vitória do fim da ditadura, os mesmos grupos e empresas seguiram governando o país, agora distribuídos em bem mais partidos, muitas vezes “rivais”, mas que, nas eleições ou nos governos, voltam a se coligar. Os donos do país e quem o governa seguem sendo Bradesco, Itaú, Odebrecht, OAS, Votorantim, Rede Globo, Gerdau, multinacionais de automóveis, grandes fazendeiros, grandes empresários e assim por diante.  Mudou o regime e mudaram os governos e partidos, mas o capitalismo segue o mesmo, e o trabalhador nunca teve nem terá vez neste sistema.

Nestas eleições, mais uma vez, se apresentam incontáveis candidatos. Todos anunciam maravilhas caso sejam eleitos. Mas todos estão mentindo. Não existe possibilidade alguma de mudança por dentro deste jogo de cartas marcadas que são as eleições. Praticamente, todos os partidos já estiveram no governo – e todos fizeram as mesmas coisas. Retiraram direitos de aposentados, colocaram exército para reprimir manifestantes, não garantiram os direitos das mulheres, fizeram aumentar as dívidas e deixaram a saúde e a educação ainda piores. Não tem jeito! Ganhe quem ganhar, a vida não vai mudar, a não ser para pior!

PT, Bolsonaro, Alckminn e todos eles são farinhas do mesmo saco!

O PT foi a grande decepção dos trabalhadores, que acreditaram que ele seria diferente. Na prática, governou com todos os bandidos que sempre dominaram a política brasileira, como Maluf, Sarney, Collor e até Bolsonaro, que foi da base do governo Lula por muitos anos, como deputado do PP. Mas, se o PT deixou claro que não defende o trabalhador, voltar a eleger candidatos ligados à direita tradicional também não resolve nada. Eles não apenas já haviam saqueado o país antes do PT, como seguiram apoiando o PT e seus ataques mais importantes, como quando o PT dificultou as regras para se aposentar, quando vendeu estatais, quando invadiu o Haiti para reprimir a população miserável ou quando criou a Força Nacional para agredir manifestantes sociais.

O PT não é capaz de ser uma alternativa a Bolsonaro, pois eles já governaram juntos. O PT e o PP, ao qual Bolsonaro foi filiado na maior parte da carreira, estiveram e voltarão a estar juntos em centenas de eleições. Roubaram a Petrobrás juntos e dividem as mesmas celas de cadeia em alguns locais. O PT não pode enfrentar Bolsonaro porque as medidas econômicas que tomariam no governo não seriam muito diferentes um do outro, além de que ambos fariam as mesmas alianças no Congresso.

Por outro lado, Bolsonaro não é alternativa ao PT. Além de sempre ter estado junto a FHC, Lula e Temer nos principais ataques aos trabalhadores, Bolsonaro sequer representa uma solução para a questão da segurança, por exemplo. Suas propostas só beneficiam os patrões e a maioria do povo vai sofrer ainda mais com o desemprego, salários baixos e ausência de direitos. É evidente que a violência só aumentaria num cenário destes e Bolsonaro a fará dobrar de tamanho. Ele também defende os crimes e a violência da PM assassina e a impunidade dos maiores criminosos do país: seus colegas políticos. Ele não tem nada de “candidato contra o sistema”, porque ele é um político profissional, que emprega funcionários-fantasma e parentes, e enriqueceu com esquemas de corrupção. Ele é mais do mesmo.

Alckminn, Ciro Gomes e Álvaro Dias já governaram em seus estados e cidades, e espancaram professores em greve, arrocharam salários, cortaram verbas da saúde e se envolveram em escândalos de corrupção. Marina foi do governo Lula quando ele mais retitou direitos dos trabalhadores, se aliou ao pior que existe na política e deixou correr solto o desmatamento das florestas. Quando rompeu com o PT, chamou voto em Aécio Neves!

Ou seja, são todos iguais e não há alternativas. Ao invés dos trabalhadores ficarem procurando um candidato menos vergonhoso, menos ficha suja, menos bandido, menos contra eles mesmos, o caminho é a luta! É Voto Nulo nas urnas e revolução nas ruas!

Só a luta muda! O Brasil precisa de uma revolução!

A recente greve de caminhoneiros parou o Brasil e sacudiu quem estava parado! Contra a força de um governo, do Congresso, da Justiça, da polícia e da imprensa, que só atacavam a greve, os caminhoneiros fizeram uma greve que, em 10 dias, quase derruba Temer, paralisou o país e obteve conquistas para milhares de trabalhadores. Onde estavam os atuais candidatos nesta greve? Qual partido ou grande central sindical os apoiou? Ninguém! PT, Bolsonaro e Alckminn estiveram juntos na hora de isolar os grevistas e defender que desocupassem as estradas depois que Temer fez um acordo rebaixado. Mas os caminhoneiros mostraram o caminho!

Os sem-teto também vinham mostrando o caminho, antes de Guilherme Boulos, do MTST e atual candidato pelo PSOL, fazer do movimento uma massa de apoio ao corrupto condenado Lula. Foram centenas de ocupações que chamaram a atenção para a falta de moradia e para os direitos dos que não têm nada. Boulos, que sempre teve teto, hoje é uma candidatura auxiliar da do PT, e defende o capitalismo e suas instituições, apenas propondo reformas impossíveis dentro do capitalismo.

As mulheres também mostraram e seguem mostrando o caminho, ao lutarem nas ruas contra o feminicídio, o machismo, os salários menores, o trabalho doméstico e pelo direito ao aborto legal, gratuito, público e seguro. As impressionantes marchas de mulheres ao redor do mundo e também no Brasil mostram que, assim como os sem-teto, os professores, os bancários, os estudantes, os caminhoneiros e todos os que sofrem no capitalismo, só nas lutas e nas ruas é possível mudar a vida e mudar o mundo.

O que o Brasil precisa não é de mais um presidente, deputados e governadores; pois disso já estamos cheios! O Brasil precisa de uma revolução! Em que os trabalhadores tomem o poder. Queremos o fim dos privilégios dos políticos e acabar com o Congresso, as assembleias legislativas e Câmaras de vereadores, onde os ricos votam seus projetos e os mais pobres não podem entrar. Precisamos tomar os bancos, as indústrias e as fazendas dos exploradores que massacram 99% da população brasileira e roubam o país. Os trabalhadores, coletivamente, devem controlar a riqueza que eles mesmos geraram e governar o Brasil.

Os cerca de 40% de votos nulos, brancos e de quem não foi votar nas últimas eleições presidenciais em 2016, e a “vitória do não-voto”, que soma nulo, brancos e abstenções em inúmeras capitais em 2018 mostram que as pessoas não suportam mais viver como vivem, nem acreditam que as eleições sirvam para alguma coisa. E não servem mesmo. Elas são uma farsa. Por outro lado, as greves e manifestações só cresceram nos últimos anos. Dilma foi derrubada com milhões nas ruas, houve uma Greves Geral em 2017 depois de 30 anos, e as manifestações de 2013, que começaram contra o aumento da passagem, ainda estão na mente de quem lutou, e viu que nas ruas, aí sim, é o nosso terreno!

Lutar com força e se organizar em comitês.

Só conversar sem agir, não serve para nada. Mas agir sem se organizar também não. É necessário lutar, protestar, ocupar prédios públicos e grandes empresas, fazer greves e parar o país novamente, mas não apenas por 10 dias, mas por tempo indeterminado, até derrubar todos os governantes, prender os corruptos e assumir o controle do governo e da riqueza, assumindo bancos, fábricas e terras. E, para tudo isso, além de coragem e vontade de mudar, é preciso organização. Os trabalhadores precisam se unir em comitês populares de luta e de combate, em seus locais de moradia, de estudo e de trabalho.

Só com mais mobilizações e com uma alternativa de organização popular é possível derrotar os ataques que sofremos, a superlotação de hospitais, o desemprego, a miséria, as dívidas e a repressão que já sofremos e vamos sofrer ainda mais quando quisermos realmente mudar o Brasil. Mas ninguém pode parar o povo quando ele está junto! As piores ditaduras, os maiores exércitos e os traidores que mais se disfarçavam como defensores do povo já foram derrubados e justiçados pelo povo quando se avançou nas revoluções. E é hora da revolução!

Venha para o MRS!

As eleições não mudam nada! Fora TODOS os governos e políticos do capitalismo! Nós convidamos todos os que não acreditam mais nesta fraude eleitoral, e que não querem mais viver tendo seus salários diminuídos, direitos retirados e dívidas aumentando, que venham se organizar conosco, numa organização que não quer cargos nem dinheiro deste Estado. Que defende a luta dos de baixo contra quem nos agride.

Nós juntos somos os explorados, os trabalhadores, os desempregados, os estudantes, as mulheres, os negros, os LGBTs, os mais pobres e todos os que são vítimas deste sistema, os 99% que trabalham e não recebem nada em troca! Venha construir o MRS e a derrubada revolucionária do capitalismo!

Greve Geral nas ruas! Voto Nulo nas urnas! O Brasil precisa de uma Revolução!

MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO SOCIALISTA