Declaração do Comitê pelo Reagrupamento Internacional Revolucionário (CRIR)

O Haiti continua sofrendo a ingerência do imperialismo, sendo utilizado por países estrangeiros para explorar seus recursos naturais e seus trabalhadores em regime de semi escravidão. Com a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), entre 2004 e 2017, essa exploração foi direta, sob ocupação militar, o que deixou um rastro de destruição, morte, doenças, fome, miséria e estupros, incluindo crimes de violência sexual contra mulheres e crianças pela MINUSTAH.

Internacional - 15 de setembro de 2021

Fora Core Group e o imperialismo do Haiti.

9 de setembro de 2021

O Haiti continua sofrendo a ingerência do imperialismo, sendo utilizado por países estrangeiros para explorar seus recursos naturais e seus trabalhadores em regime de semi escravidão. Com a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), entre 2004 e 2017, essa exploração foi direta, sob ocupação militar, o que deixou um rastro de destruição, morte, doenças, fome, miséria e estupros, incluindo crimes de violência sexual contra mulheres e crianças pela MINUSTAH.

Há 4 anos tudo continua com a mesma essência, mas com uma aparência diferente. Agora, quem governa o Haiti, embora tente ocultar, é o Core Group, formado pelos embaixadores dos Estados Unidos, França, Espanha, Brasil, Alemanha, Canadá, UE, além de representantes da ONU e da OEA. O Core Group não governa o Haiti diretamente, mas seus membros o fazem por meio de seu poder diplomático, com o qual mantêm o controle de todas as decisões políticas mais importantes do país, incluindo a nova Assembleia Constituinte, quais serão os líderes do Haiti, o seu regime de exploração econômica, etc.

A MINUSTAH chegou ao território haitiano sob a batuta militar e política de diversos governos, todos a serviço do imperialismo, inclusive vários que se diziam de esquerda e do povo. O Brasil, governado por Lula e pelo PT, por exemplo, liderou a ocupação por muitos anos, enviando milhares de militares. As tropas chegaram ao Haiti após o golpe contra o presidente Aristides, e depois a ONU assumiu a fachada de ocupação, para disfarçar o intervencionismo das nações imperialistas, em nome de quem a ONU agiu.

O Core Group, agora, faz o mesmo, dirigindo os governos do Haiti a partir do exterior, impondo presidentes que o povo não reconhece aos trabalhadores deste país. Fizeram isso com o ditador Jovenel, morto recentemente, e mais uma vez com seu sucessor. O Core Group é o cartel de nações que continuam controlando as instituições e as leis que o capitalismo e a burguesia internacional definiram para o Haiti, sem nenhum poder popular ou democracia.

É urgente expulsar o imperialismo e o Core Group do país e garantir que os haitianos definam seu futuro. Expulsar o Core Group significa exigir a dissolução desta organização internacional e de todas as suas reuniões ou resoluções, além de expulsar todos os agentes militares e assessores estrangeiros que ainda se encontram no país, rejeitando todas as leis impostas sem voto popular e garantindo imediatamente o direito do povo haitiano de escolher seu governo, fazer suas leis e controlar suas riquezas e defesa militar, sem aceitar qualquer decisão estrangeira.

  • Defender o povo haitiano denunciando a presença do Grupo Central, dos governos nacionais que o compõem, e exigindo sua retirada imediata.
  • Nem um dólar para a ONU e treinamento de soldados, policiais e agentes.
  • Que as fronteiras de todos os países sejam abertas aos imigrantes haitianos.
  • Que o povo haitiano decida seu próprio destino.

Movimento Revolucionário Socialista – Brasil

Partido Socialismo y Libertad – Argentina

Partido Obrero Socialista – México

Freedom Socialist Party – Estados Unidos e Austrália

 

Contato: cririnter@gmail.com