Brasil tem 340 mil mortos por Covid, com mais de 4 mil em apenas um dia e terá meio milhão em breve!

Descrito na imprensa internacional como uma imensa “colônia de leprosos”, o Brasil assusta os vizinhos, preocupa o planeta todo e vê o surgimento de novas cepas de Covid-19 se somar ao caos do sistema de saúde, levando a possíveis 100 mil mortes por mês! Ontem, o país registrou 4.211 mortes por Covid-19, e hoje foram mais 3829. A média de mortos nos últimos 7 dias bate recordes sucessivos todos os dias e a falta de vacinação e colapso dos hospitais aumentam a catástrofe!

Nacional - 7 de abril de 2021

Descrito na imprensa internacional como uma imensa “colônia de leprosos”, o Brasil assusta os vizinhos, preocupa o planeta todo e vê o surgimento de novas cepas de Covid-19 se somar ao caos do sistema de saúde, levando a possíveis 100 mil mortes por mês! Ontem, o país registrou 4.211 mortes por Covid-19, e hoje foram mais 3829. A média de mortos nos últimos 7 dias bate recordes sucessivos todos os dias e a falta de vacinação e colapso dos hospitais aumentam a catástrofe!

Ao todo, já são 340.776 vítimas, e a média móvel de mortes está em quase 3 mil por dia. Na última semana, morreram 3.119 em 01/04 e, respectivamente, 3.006, 2.800, 2.747, 2.698, 2.775 de 02 a 06/04. E agora os estarrecedores 4211 mortos de ontem e 3829 de hoje!

Além do Brasil, apenas os EUA já haviam registrado mais de 4 mil mortos em um único dia; chegando a 4.476 mortes no dia 12 de janeiro, Considerando que os Estados Unidos tem cerca de 50% mais população que o Brasil, os nossos dados são os mais terríveis do mundo e recorde no planeta! Já são 77 dias seguidos no Brasil com a média móvel de mortes acima da marca de mil; 22 dias com essa média acima dos 2 mil; e doze dias com a média de mortos acima de 2,5 mil.

É um genocídio em larga escala. Um massacre provocado pelo governo Bolsonaro, pelos 27 governadores que mantêm a economia funcionando quase normalmente e pela burguesia como classe social, já que os bancos, grandes empresas, produtores rurais e empreiteiros seguem impondo o trabalho e o contágio diários a milhões de brasileiros, impedidos de fazer quarentena para terem que trabalhar ou procurar emprego.

Vacinação levará 2 anos neste ritmo

Depois de se recusar a comprar vacinas por mais de 6 meses, e de ainda insistir em métodos ineficazes e soluções mágicas para enfrentar a pandemia, o Brasil finalmente começou a produzir e comprou vacinas, mas o ritmo da vacinação é lamentável. Pouco mais de 20 milhões de pessoas já receberam a primeira dose da vacina, o que representa 9,84% da população brasileira. Mas apenas cerca de 6 milhões (2,78% da população do país) receberam a segunda dose. Enquanto 97% dos brasileros seguem sem a imunização prevista, o vírus se dissemina, sofre mutações e mata cada vez mais gente!

No ritmo atual de vacinação, pode levar 2 anos para que toda a população esteja imunizada, quando as variantes do vírus podem ter saído ainda mais do controle e se tornarem resistentes às próprias vacinas. Nenhum outro método foi eficaz no combate à pandemia! A vacinação é urgente e a diferença entre salvar vidas ou deixar mais centenas de milhares de brasileiros morrerem.

Defendemos a quebra das patentes das vacinas dos grandes laboratórios, imediatamente, e a produção em massa das vacinas por laboratórios públicos, direcionando a produção do país para isto, num processo controlado pelos trabalhadores e que distribua vacinas gratuitas para todos! O governo deve intervir para multiplicar a produção das vacinas, colocando a indústria farmacêutica a serviço da fabricação de vacinas, seringas e equipamentos necessários à imunização, à prevenção do contágio e para o tratamento dos doentes. Não podemos mais permitir que haja tantas mortes desnecessárias.

Como medida imediata, é preciso com urgência todas as vacinas disponíveis no mundo, e investir em contratação de trabalhadores da saúde, construção de novos hospitais e aquisição de equipamentos e materiais médicos.

Auxílio de R$ 150 não paga nem o caixão!

Enquanto o trabalhador não for vacinado, deve ter garantida sua quarentena remunerada. Exigimos um salário mínimo para todos os desempregados ou trabalhadores informais, por tempo indeterminado, até a vacinação geral. E que os trabalhadores formais mantenham seus empregos, sem redução de salários ou de direitos, e também fiquem em quarentena até a vacinação de todos.

Mas Bolsonaro, o Congresso e os 27 governadores fazem o oposto: mantêm tudo aberto e querem abrir o pouco que está fechado, como as escolas. Governos de todos os partidos permitem o retorno às aulas de milhões de estudantes, professores e funcionários, sem vacinação! São todos genocidas!

O auxílio-emergencial necessário para que os trabalhadores possam ficar em casa e se proteger foi cancelado em dezembro e só voltou agora, quatro meses depois, com um valor quatro vezes menor (R$ 150 ao invés dos já reduzidos R$ 600). E, como se não fosse o suficiente, Bolsonaro excluiu do novo auxílio mais de 25 milhões de pessoas que receberam o auxílio em 2020, e elas não receberão mais nada, mesmo que sigam sem emprego!

Os R$ 150 votados pelo Congresso não pagam nem o caixão dos brasileiros que seguirão morrendo todos os dias. Vivemos uma tragédia, maior que qualquer guerra ou desastre já sofridos. É preciso lutar pela derrubada de todos os assassinos que nos levaram a este ponto, e que insistem em nos matar; e impor um plano de emergência dos trabalhadores!

Fora Bolsonaro e o Congresso! Fora Todos!

É urgente mobilizar os trabalhadores e desempregados para derrubar Bolsonaro e todo o Congresso. Não há saída enquanto eles seguirem decidindo os rumos do Brasil e as medidas diante da pandemia. O Fora Bolsonaro/Mourão e o Fora Todos são palavras-de-ordem que devem ser agitadas entre as massas. E precisamos que os movimentos sociais e entidades dos trabalhadores e setores populares convoquem uma Greve geral por tempo indeterminado para derrubá-los e colocar em prática um plano de emergência pela vida dos trabalhadores.

É urgente a diminuição da jornada de trabalho para 36h semanais, sem redução do salário; o aumento imediato do salário mínimo; o investimento massivo em saúde, educação, moradia e infraestrutura, através de um plano de obras públicas que garanta emprego para todos; o não-pagamento da dívida pública; o confisco de bens dos sonegadores; fim das isenções fiscais aos grandes empresários; reestatização de empresas privatizadas; e expropriação do sistema financeiro, sem nenhuma indenização.