AGORA É GREVE NA EDUCAÇÃO DE PARAUAPEBAS NO PARÁ!

Indignação! Essa é a palavra que resume o sentimento dos trabalhadores em educação do município de Parauapebas, localizado na região sudeste paraense a 719 km de distância da capital, Belém. O Município é conhecido por estar assentado na maior província mineral do planeta: a Serra dos Carajás, e sediar projetos de mineração do grupo Vale.

Sindical - 4 de outubro de 2017

Indignação! Essa é a palavra que resume o sentimento dos trabalhadores em educação do município de Parauapebas, localizado na região sudeste paraense a 719 km de distância da capital, Belém. O Município é conhecido por estar assentado na maior província mineral do planeta: a Serra dos Carajás, e sediar projetos de mineração do grupo Vale.

Há quase nove meses de negociações com o governo Darci Lermen (PMDB), o Sintepp (Sindicato dos Professores de Parauapebas) vem tentando dialogar no sentido de garantir o rateio de precatório do FUNDEF-Fundo de manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental. Os educadores exigem que seja feito o rateio com 60% para os Professores e 40% para a manutenção do ensino, democracia nas escolas com o envio e votação na Câmara de Vereadores do Projeto que garante eleições diretas para diretor de escolas e mudanças no plano de cargos e salários dos trabalhadores no município.

Lermen (PMDB) aliado político da família Barbalho e também das velhas oligarquias regionais como a família Chamom, e tendo a ampla maioria dos vereadores no bolso tentou manobrar de todas as formas os educadores, inclusive mandando para a Câmara uma proposta de abono em folha suplementar, desrespeitando o que diz a lei e tentando dividir a nossa categoria. O TCM-Tribunal de Contas do município, lançou parecer suspendendo qualquer proposta de abono feita pela câmara e o bloqueio do recurso como medida cautelar. Durante o mês de Setembro, os educadores estiveram mobilizados com paralisações e também acompanhando o expediente da câmara de vereadores e os projetos que beneficiam os educadores.

Vergonhosamente, a Câmara de vereadores é contra a gestão democrática e votaram pelo arquivamento do projeto de eleições diretas para diretor, alegando inconstitucionalidade. Aliado a isso, sobram denuncias de nepotismo no serviço público como a indicação de vereadores para cargos de direção de escolas, inclusive até o Presidente da Câmara, o senhor Elias da “Construforte” indicou a sua irmã como diretora do CEPEJA (Educação de Jovens e Adultos). Com faixas, cartazes, apitos e interrompendo pela segunda vez consecutiva os trabalhos da Câmara, os educadores seguiram em passeata até a prefeitura exigindo uma nova rodada de negociação, mais foram recebidos somente pela chefia de gabinete que afirmou que o Prefeito não estava no prédio.

Os educadores realizaram uma assembleia em frente a prefeitura e decidiram cruzar os braços a partir do dia 09/10 pelo pagamento do precatório, pela melhoria das condições de trabalho, pela manutenção do ensino, pela merenda de qualidade no município além de outros pontos.

Nosso coletivo sindical, o LUTE (Luta Unificada dos Trabalhadores em Educação) esteve acompanhando o processo participando ativamente nas assembleias, paralisações e dialogando com a base da categoria no sentido de fortalecer a luta em defesa da educação de qualidade. Por isso, estaremos no comando de greve objetivando garantir uma luta radicalizada pra derrotar Darci Lermen e seus aliados políticos na região.

Fora Darci Lermen, Fora Todos!

Berg Pastana-Professor da rede municipal de ensino em Parauapebas e integrante do Lute e do MRS. (Movimento Revolucionário Socialista)