Abaixo a Operação Militar Turca sobre o Cantão de Afrin! Fora Erdogan e sua Ditadura!

O AKP (Partido da Justiça e Desenvolvimento, atual governante na Turquia), cujas aventuras anteriores na Síria resultaram em fracasso, esta colocando em movimento um novo banho de sangue através de uma grande operação militar contra o cantão curdo de Afrin chamada de operação ramo de oliveira. O partido governante aprofundou a guerra civil na Síria e agora busca novas oportunidades para atacar os curdos numa clara demonstração de desespero para se estabilizar internamente e tentar avançar na arena internacional regional.

Desde de o “autogolpe” em julho de 2016 que Erdogan vem intensificando o combate aos trabalhadores em geral assim como a perseguição ao povo curdo no sudeste da Turquia e ao norte da Síria. Utilizando-se de um discurso nacionalista, xenofóbico e até mesmo teocrático, Erdogan destruiu em semanas o restante das liberdades democráticas que ainda sobreviviam no país. Milhares de prisões a qualquer opositor foram deflagradas, desde ativistas, jornalistas até deputados. Não tardou que para fazer valer as promessas de limpeza interna começasse a desenvolver ações militares tanto internamente quanto externamente.

A histórica luta contra o PKK e o conjunto do povo curdo poderia ter um fim vitorioso ao novo sultão, mas é neste exato momento em que a luta de classes demonstra todo o potencial de um povo em luta. A partir de agosto de 2016 o governo Turco inicia a intervenção militar dentro do território sírio na chamada Operação Escudo Eufrates, a qual ainda persiste para manter o objetivo de impedir a unificação dos 3 cantões curdos ao norte da Síria na região chamada de Rojava. Ao mesmo tempo, utilizava o exército internamente para literalmente destruir as regiões de maioria curda, principalmente a região sudeste do país nos bastiões de Diyarbakir, Batman, Sanliurfa e etc.

Enquanto a situação da classe trabalhadora turca se deteriora e a reação do conjunto da população fermenta, o regime do AKP tenta se salvar apostando na política internacional intervencionista e de guerra, já que o objetivo de Erdogan é de se manter no poder e continuar a gerenciar a pilhagem sobre os trabalhadores da região.

O regime turco, que passando por crises internas e externas, se joga ao desespero apelando a uma política militarista com o fim de reforçar a ditadura e chegar em boas condições nas eleições presidenciais de 2019. No entanto, mesmo arrastando o país na guerra e acabando com avanços históricos do povo curdo, o governo não conseguira resolver sua crise. O regime de Erdogan continua com a política militarista a serviço de proteger e desenvolver os interesses capitalistas no Oriente Médio tentando superar a própria crise à custa de mais um massacre entre trabalhadores e povos oprimidos.

É urgente mais do que nunca que os trabalhadores turcos se mobilizem para derrubar Erdogan e a ditadura islamita para impedir mais este ataque ao povo curdo que certamente terá consequências no decorrer da revolução Síria. Não se trata de se limitar ao enfrentamento a política x, y ou z, a necessidade é de derrubar o governo e o regime ditatorial centralizado pelo AKP no sentido de erguer a alternativa de poder dos trabalhadores nas bases do internacionalismo proletário.

Novamente, tanto a Russia quanto os EUA dão carta branca para a Turquia realizar este ataque, ambos setores burgueses que disputam a fatia da economia e a influência política na região. As bombas já começaram a cair sob as cidades curdas no cantão de Afrin! O tempo urge e é questão de vida ou morte impedir o avanço desta operação!

Abaixo ao ataque militar turco em Afrin! Pela fraternidade entre os povos do Oriente Médio!
Os trabalhadores não devem guerrear entre si! Devem se unir para acabar com os governos das burguesias locais!
Abaixo a ditadura na Turquia! Fora Erdogan e seu partido AKP!
Pela expulsão imediata das tropas estadunidenses e russas de Rojava!
Fora Assad e demais frações burguesas na Síria!
Pela Federação dos Estados Socialistas do Oriente Médio!