28/4 é GREVE GERAL! Vamos parar o Brasil!

Enfim, depois de anos ameaçados por inúmeras tentativas de ataques, e da massa de trabalhadores já reagindo com greves e lutas, o Brasil pode ter uma Greve Geral. As condições objetivas já tornavam uma necessidade a Greve Geral. Da mesma forma, a condição subjetiva, com um recorde de greves sendo batido ano após ano desde 2012, também já estava madura. A Greve Geral, portanto, só não saía por causa da traição histórica das direções burocráticas.

Movimentos | Nacional - 13 de abril de 2017

 

Contra as reformas da Previdência e Trabalhista e a Terceirização;

Por emprego e nenhum direito a menos;

Fora Temer! Fora todos!

                Enfim, depois de anos ameaçados por inúmeras tentativas de ataques, e da massa de trabalhadores já reagindo com greves e lutas, o Brasil pode ter uma Greve Geral. As condições objetivas já tornavam uma necessidade a Greve Geral. Da mesma forma, a condição subjetiva, com um recorde de greves sendo batido ano após ano desde 2012, também já estava madura. A Greve Geral, portanto, só não saía por causa da traição histórica das direções burocráticas.

As direções vieram sabotando as greves e ações diretas em todo o período de ascenso dos trabalhadores, inaugurado em 2012, ano simbolizado por diferentes ondas de greves de trabalhadores: de professores; de bancários e Correios; de policiais e bombeiros; e de servidores públicos federais, que realizaram uma greve de mais de 100 dias, num ano eleitoral, e que foram entregues pelas centrais governistas (CUT e CTB), mas também pela Intersindical e pela direção majoritária da CSP-Conlutas, que asinaram, todas, um acordo por 4 anos, que rebaixava salários, entregava direitos e permitiu, sem luta, o golpe na Previdência dos servidores, com o fim da aposentadoria integral e a adoção de uma previdência complementar.

                Apesar dos freios das direções, depois de 2012, ainda tivemos o levante de junho e julho de 2013; o recorde de greves e de “não-votos” em 2014; ainda mais greves, lutas e ações de massa pela derrubada de Dilma em 2015/2016; e o último 1 ano de governo Temer, encurralado pelas manifestações cada vez maiores contra seus ataques. Foram 5 anos lutando como nunca! E rompendo cada vez mais com as ilusões nos governos e no regime democrático-burguês. Os mesmo 5 anos em que os pelegos impediram com todas suas forças a deflagração de lutas gerais, seja contra Dilma ou mesmo contra Temer. Ao mesmo tempo em que a paralisia e o derrotismo da Conlutas a impedia de ter qualquer ação de massas independente, sempre avaliando que nada era possível, que não havia espaço para ações mais fortes e se recusando a adotar qualquer medida pela construção da Greve Geral, como campanhas de agitação, comitês de base, deflagração e unificação de lutas nacionais, etc.

                Até que o agravamento da crise econômica e política, associado ao crescimento cada vez maior das greves e lutas, empurrou a situação da luta de classes para outro patamar, em que as burocracias dominantes não puderam mais conter a unificação nacional. Vieram os atos nacionais em setembro de 2016 (ainda muito sabotados por CUT, CTB, Força Sindical, etc.). Depois, os atos de 11 e 25/11/16, divididos, outra vez traídos, mas, mesmo assim, massivos e com grande participação da base. Novembro deu força para março de 2017, e o sucesso estrondoso do 8/3, do 15/03 e do 31/03 não deixaram mais dúvidas: não se poderia mais evitar que o Brasil fosse paralisado pelos trabalhadores!

                E a hora chegou! De forma unitária, todas as centrais (mesmo que a maioria delas a contragosto) estão chamando a paralisação das atividades no Brasil todo para 28/4. Não falam em Greve Geral, pelo medo da burocracia em ter que convocar qualquer luta, e também de chamar esta luta pelo nome de Greve Geral, associada ao mais poderoso instrumento de mobilização da classe trabalhadora. Contudo, mesmo que o nome seja “dia de paralisações”, o dia 28/4, deve ser, pela base, uma forte Greve Geral! Como, desde 1989, há 28 anos, não acontecia.

 

Lutar juntos! Levantar o programa dos trabalhadores!

                Menos de 10% da população apóia o governo Temer. A crise econômica se aprofunda cada vez, e a recessão já é a maior da História. São mais de 13 milhões de desempregados pelos índices oficiais e mais de 20 milhões na vida real. Ao mesmo tempo, a crise política não tem fim, com prisões, indiciamentos e novos escândalos toda semana. As reformas de Temer avançam por conta da necessidade do capitalismo de explorar os trabalhadores, o que empurra a burguesia a atacar, mesmo sem correlação de forças para isso. Porém, setores de massa reagem a estes ataques, porque já cansaram da vida que levam e não têm mais as mesmas ilusões de que a vida possa mudar por meio de eleições ou qualquer outra forma de mudança por dentro do sistema.

                Cada vez menos o governo pode governar, e cada vez mais as massas não querem e não aceitam ser atacadas. A Greve Geral, de fato, deve ser o marco da tomada das ruas em definitivo, pela retirada de todas as reformas e medidas neoliberais tomadas por Temer, e pela derrubada de todo seu governo e do Congresso. Na greve, os trabalhadores questionam de quem é a propriedade da produção e quem tem o poder em suas mãos. A Greve Geral, ainda mais sendo uma greve por uma pauta extremamente política, tem ao potencial de desencadear um processo pela base de poder popular. E é isso que devemos impulsionar: a construção de comitês pela base, em cada cidade, nos bairros, nas fábricas, nas empresas, escolas e universidades. Comitês democráticos e de ação política, que construam a greve de 28/4, mas que também sirvam para organizar as próximas lutas e greves gerais, até a derrubada de todos os exploradores e por um governo dos trabalhadores.

             Em todas estas lutas e nos comitês, é preciso unidade de ação. Como foi necessário unidade de ação pelo fim da ditadura, pelas Diretas Já, pelo Fora Collor e pelo Fora Dilma. Agora, é hora de ações de massas nas ruas! Mas estas ações devem ter a agitação da necessidade de uma saída revolucionária! Temos que defender a ruptura com o capitalismo e a construção de uma sociedade sem exploração nem opressão! Que rejeite a opção de Lula em 2018, ou de qualquer outro candidato nos marcos do capitalismo!

                Dia 28/4 é o começo de muito mais lutas que devem vir pela frente! É Greve Geral para parar o Brasil!

– Organizar Comitês Contra as Reformas e de organização da Greve Geral em todo o país;

 – Realizar assembléia e votar a Greve Geral em todas as categorias e locais de trabalho;

 – Construir atos unitários e classistas no 1º de Maio;

 – Contra a exploração e a opressão! Pela vida das mulheres. Nenhuma a menos, nenhum direito a menos!

– Que os ricos paguem pela crise! Estatização das empresas privatizadas e de todo o sistema financeiro.

– Não pagamento da dívida pública!

– Pela revolução socialista!