140 mil mortos e 11% de queda do PIB! Brasil de Bolsonaro é desastre em mortes por Covid-19 e na economia!

Salvar vidas ou salvar empregos e a economia? O governo Bolsonaro mostrou que é possível destruir tudo e ter péssimas notícias em ambas questões. O presidente brasileiro negou a pandemia desde o começo e passou os últimos 6 meses atuando contra o direito à quarentena para os trabalhadores, dizendo que “quem tem que morrer, vai morrer”. Em contrapartida, prometeu não deixar a economia quebrar.

Nacional - 29 de setembro de 2020

Salvar vidas ou salvar empregos e a economia? O governo Bolsonaro mostrou que é possível destruir tudo e ter péssimas notícias em ambas questões. O presidente brasileiro negou a pandemia desde o começo e passou os últimos 6 meses atuando contra o direito à quarentena para os trabalhadores, dizendo que “quem tem que morrer, vai morrer”. Em contrapartida, prometeu não deixar a economia quebrar.

Passados 6 meses da 1ª morte por Covid-19 no Brasil, o país já tem mais de 140 mil mortos! Proporcionalmente (mortes por milhão) e em termos absolutos, o Brasil é o 2o país com mais mortes no mundo! Durante os dois anos da gripe espanhola, o Brasil teve 35 mil mortos. Em meio ano, já são exatamente 4x mais mortos por Covid-19. É a maior tragédia brasileira em 5 séculos e nada se compara ao genocídio que ainda estamos vivendo, com centenas de novas mortes todos os dias!

Do outro lado, na economia, o Brasil passa por sua pior recessão da História! O Produto Interno Bruto (PIB) registrou uma queda de 9,7% no segundo trimestre, na comparação com os três primeiros meses do ano. Em relação a igual período de 2019, o PIB caiu 11,4%! São resultados negativos recordes e a economia brasileira está oficialmente em recessão. Além de despencar no 2º trimestre, o 1º trimestre foi pior do que se pensava, e a queda do PIB no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre do ano passado foi revisada de 1.5% para 2,5%.

Entre os segmentos, a maior queda foi na Indústria (-12,3%), que é o setor mais importante estrategicamente para um país. O setor de serviços, responsável por cerca de 70% do valor do PIB brasileiro, caiu 9,7%. E o setor da agropecuária ficou estável, subindo 0,4%. É um desastre sem precedentes!

Mesmo com a concessão do auxílio-emergencial a 67 milhões de brasileiros, o consumo das famílias caiu -12,5%. Metade das pessoas já teve cancelado seu auxílio, e metade ainda vai receber mais poucas parcelas, sendo metade do valor pago até agora. Em janeiro, não vai mais haver auxílio para ninguém. Os investimentos também sofreram um forte recuo de 15,4% no 2º trimestre, e o valor da moeda nacional, o real, nunca foi tão baixo.

Depois de 2 anos de recessão em 2015 e 2016, e de crescimentos medíocres nos últimos 3 anos, a queda da economia brasileira em 2020 fez o país voltar à quantidade de riqueza existente em 2009. É como se o Brasil estivesse parado há 11 anos! Enquanto isso, disparam as dívidas das famílias e a dívida pública do país. Dentro das alternativas capitalistas, não há mais dinheiro para investir nem fazer a economia se recuperar.

Quase 9 milhões de empregos foram perdidos no Brasil no segundo trimestre. Somados os sem emprego do país, são cerca de 40 milhões de brasileiros, aos quais se somam os 40 milhões que vivem por sua própria conta, e que são os mais vulneráveis a uma economia quebrada e na qual não têm direitos sociais, trabalhistas e previdenciários.

Fora Bolsonaro/ Mourão. Fora o Congresso. Fora Todos!

É urgente mobilizar os trabalhadores para derrotar os ataques de Bolsonaro e do Congresso, que congelam salários, retiram auxílios sociais, cortam verbas do orçamento e mantêm o pagamento da dívida pública, que consome metade do orçamento e mesmo assim não para de crescer, devendo chegar a 100% do PIB ao final de 2020.

Precisamos voltar às ruas, realizar manifestações de massa e construir uma greve geral por tempo indeterminado no Brasil! Somente através da luta direta é possível garantir a sobrevivência a milhões de trabalhadores, acabar com a retirada de direitos e obter conquistas! Mas não adianta apenas derrotar as medidas do governo e do Congresso. É necessário derrubá-los! Não podemos permitir que eles permaneçam mais 2 anos e 3 meses destruindo o país, a economia, o meio-ambiente e a vida da maioria da população. Cada luta cotidiana por salário, empregos e verbas para a saúde e educação deve ser acompanhada da luta pelo Fora Bolsonaro, Fora Todos!

A maioria da população já rejeita este governo e o Congresso. E sabe que não adianta a oposição substituir Bolsonaro, pois também destruiu o país. No entanto, esta mesma maioria não enxerga uma saída, pois as organizações sociais, sindicais e populares só pedem votos nas eleições e se recusam a chamar a luta. Por isto, é fundamental construir comitês de luta nos locais de estudo, moradia e trabalho, para atuar junto dos sindicatos e organizações combativas, e passar por cima das direções traidoras. Os revolucionários devem se unir às massas e apresentar uma saída das próprias massas, com um programa revolucionário.