1 mês de Lula na cadeia, e a classe trabalhadora segue indiferente.

O que parecia inimaginável até alguns anos e, mesmo, até alguns meses atrás, aconteceu: Lula foi preso por corrupção, após condenado em 1ª instância por 9 anos e meio, e por unanimidade em 2ª instância a 12 anos, no 1º de seus vários processos por corrupção. Gleise Hoffman, presidente do PT, havia afirmado que “morreria gente” se tentassem prender Lula.

Nacional - 7 de maio de 2018

O que parecia inimaginável até alguns anos e, mesmo, até alguns meses atrás, aconteceu: Lula foi preso por corrupção, após condenado em 1ª instância por 9 anos e meio, e por unanimidade em 2ª instância a 12 anos, no 1º de seus vários processos por corrupção. Gleise Hoffman, presidente do PT, havia afirmado que “morreria gente” se tentassem prender Lula. Mesmo supostos adversários advertiam para o risco de uma explosão social, tentando impedir que o fato ocorresse. Movimentos como o MTST e MST e partidos como o PSOL e o PCdoB, todos satélites que vivem de orbitar Lula e o PT, prometeram reagir com força se a prisão se efetuasse.

Pois Lula se entregou melancolicamente, se rendendo à Justiça que apenas recentemente passou a questionar, sem resistência, sem confronto, sem qualquer reação – a não ser ter ficado um dia foragido, no qual apenas militantes profissionais, burocratas sindicais e pouquíssimos apoiadores se concentraram em frente ao sindicato dos metalúrgicos do ABC, onde Lula se escondeu para “resistir”. Em nenhum momento, houve povo do seu lado. Nem mesmo os trabalhadores da cidade, os operários da região do ABC ou quem quer que seja acudiu à sede do sindicato para “proteger” Lula. Com algumas vozes de indignação (ditas em voz baixa, ao colega de trabalho durante o cafezinho, ou em redes sociais), a prisão de Lula alegrou muito mais trabalhadores do que revoltou, mas foi com indiferença à prisão que reagiu a imensa maioria. Não se assistiu a quebra-quebra em lugar algum das mais de 5 mil cidades brasileiras. Nem houve caravanas populares a São Bernardo, ou a Curitiba, onde foi preso. Não houve passeatas e muito menos greves. Nada! Foi mais um corrupto sendo preso e o debate de advogados sobre recursos, habeas corpus e medidas do tipo…

Completado 1 mês da prisão neste dia 7 de maio, Lula está abandonado pelo próprio partido. Enquanto ocorrem medidas quixotescas como carimbar cédulas de dinheiro com “Lula Livre”, o PT já articula o candidato substituto a Lula para outubro, e negocia apoios regionais com PMDB, PTB, PSB, PPS, PSD e mais uma dúzia de partidos “golpistas”. É vida que segue… O acampamento em defesa de Lula montado em Curitiba, já esvaziado e restrito a militantes pagos desde o começo, hoje mal passa de 50 pessoas, num triste espetáculo que mostra o isolamento de Lula, um preso a mais da vala comum da corrupção.

Antonio Palocci, nestes primeiros 30 dias da prisão, acertou sua delação, e deve trazer ainda mais provas do dinheiro das empreiteiras que foi parar com Lula e com o PT (R$ 300 milhões apenas do “pacote” da Odebrecht, segundo ele). Vem mais processos e condenações de Lula por aí, quase com certeza. E os trabalhadores? Seguem suas vidas, suas lutas e sua resistência nas ruas. Onde o PT não pisa mais e, quando pisa, não dialoga mais com a realidade e com os anseios da classe trabalhadora.

É verdade: Lula não é o único corrupto do país, nem o PT é o único partido que roubou o Brasil. Os petistas acham isso um mérito… Para os revolucionários, é a prova de que eles são todos iguais! Todos devem ser presos, e não o contrário: soltar os corruptos presos porque há corruptos livres. Fora todos! Pela prisão de todos os corruptos e corruptores!