O exército israelense, a mando do primeiro ministro Yair Lapid, atacou mais uma vez o território palestino. O Estado terrorista de Israel chamou de “ataques preventivos” o assassinato em massa que cometeu, justificando que os alvos seriam locais da Jihad Islâmica. De forma completamente desproporcional, grupos armados palestinos responderam aos bombardeios israelenses lançando alguns foguetes contra Israel. Que, em grande parte, sequer chegam a atingir o solo, pois são derrubados por armas antiaéreas.

Internacional - 23 de agosto de 2022

Estado de Israel mata dezenas de palestinos, incluindo 15 crianças em ataque à Faixa de Gaza e Cisjordânia.

O exército israelense, a mando do primeiro ministro Yair Lapid, atacou mais uma vez o território palestino. O Estado terrorista de Israel chamou de “ataques preventivos” o assassinato em massa que cometeu, justificando que os alvos seriam locais da Jihad Islâmica. De forma completamente desproporcional, grupos armados palestinos responderam aos bombardeios israelenses lançando alguns foguetes contra Israel. Que, em grande parte, sequer chegam a atingir o solo, pois são derrubados por armas antiaéreas.

Longe de ser uma guerra religiosa, os conflitos na Palestina são a demonstração evidente de uma disputa por um território muito importante do ponto de vista estratégico. A serviço do imperialismo, os fanáticos religiosos judeus, sob a ideologia racista do sionismo, controlam o Estado de Israel de forma a utilizá-lo como uma teocracia criminosa, que sistematicamente tenta dizimar o povo palestino. Além de já ter tomado a maior parte do território palestino por meio de ações violentas, Israel segue atuando para acabar com o que resta de autonomia na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Neste novo banho de sangue contra os palestinos, 15 crianças foram assassinadas. Mesmo assim, e talvez por isso mesmo, o primeiro-ministro israelense foi à imprensa internacional declarar: “Todos os nossos objetivos foram alcançados. Todo o comando militar sênior da Jihad Islâmica em Gaza foi alvejado com sucesso em três dias”. Pela narrativa sionista, as crianças palestinas deviam ser generais ou comandantes. Uma mentira típica do sionismo genocida.

Além das mortes, os ataques levaram ao desabastecimento da única usina de energia de Gaza, que foi forçada a fechar no sábado, depois que ficou sem combustível, causando cortes drásticos no fornecimento de eletricidade para os dois milhões de habitantes do território. O transporte de combustível somente foi retomado na segunda-feira seguinte aos ataques, pela passagem de Kerem Shalom, controlada por Israel, pela primeira vez em uma semana, após o acordo de trégua.

Fim do Estado assassino de Israel. Todo apoio à resistência Palestina.

O Estado de Israel, desde sua fundação, cumpre um papel de oprimir e tentar dizimar o povo palestino. É um Estado policial, racista e teocrático, construído artificialmente e de maneira violenta sobre terras palestinas, onde antes conviviam muçulmanos, judeus e cristãos, sem nenhum maior conflito. Depois de matar ou expulsar milhões de palestinos, e de tomar à força cerca de 90% do território que pertence à Palestina, os sionistas ainda mantém os palestinos de Gaza e da Cisjordânia sob o terror e o medo de a qualquer momento explodir uma bomba sobre suas cabeças. A existência em si do Estado de Israel é uma ameaça constante à existência do povo palestino, e por isso defendemos o fim deste Estado terrorista e a afirmação de uma Palestina única, laica, democrática e não-racista.

A existência da Palestina ainda hoje, após 74 anos de massacre sionista, se deve exclusivamente à heroica resistência do seu povo, mesmo em condições de luta totalmente desiguais. Tanto a Autoridade Nacional Palestina (ANP), controlada pelo Fatah, quanto o Hamas, que dirige a Faixa de Gaza, e a Jihad Islâmica, de diferentes maneiras, atuam como direções burguesas que não preparam a luta pela destruição de Israel desde a base. São grupos burocráticos, autoritários, que falam em nome do povo, e muitas vezes chegam a ter ações importantes de luta, em especial na Faixa de Gaza, mas que não são capazes de mobilizar as massas para uma revolução permanente, que, de fato unifique as massas palestinas com as demais massas de explorados árabes e também com os trabalhadores israelenses, vítimas do sionismo.

A única vitória possível passa por muçulmanos, judeus e demais religiosos ou não-religiosos do Oriente Médio lutarem juntos, como classe trabalhadora, contra a burguesia de todos estes países, e a ingerência das potências capitalistas na região. A libertação da Palestina e dos palestinos passa pela luta de classes! E por uma revolução operária e popular, que vá além de suas fronteiras.

Israel possui um dos mais potentes exércitos do mundo, enquanto a Palestina resiste com paus, pedras, armas obsoletas e foguetes ultrapassados e sem tecnologia. “Por isso, decidimos resistir com nossas armas. Se não encontrarmos armas, resistiremos com pedras, mas não vamos desistir”, dizem os palestinos, e provam isso ano após ano, com as heroicas intifadas e manifestações, que já derrotaram Israel mais de uma vez. Neste momento, é urgente a necessidade de repudiar os ataques de Israel, bem como prestar total solidariedade ao povo palestino.